Ecocubo junta duas experiências únicas: turismo de natureza e habitação sustentável dentro de um cubo de cortiça. A ideia é 100% portuguesa, ainda que possa ter nascido em longas caminhadas na Suíça, país onde António Fernandes, fundador do projeto Ecocubo viveu. “Sempre gostei de fazer caminhadas e, muitas vezes, depois de algumas horas a caminhar na natureza, chegava a sítios incríveis e tinha pena de não conseguir usufruir melhor desses locais. Não tinha onde pernoitar e havia novamente algumas horas de caminhada para regressar”, recorda António Fernandes.

Assim, pensou: “E se houvesse um pequeno alojamento, cómodo e perfeitamente enquadrado na Natureza? E mais ainda, se fosse fácil de transportar, podendo ser colocado em vários locais?”. A sua formação em arquitetura ajudou a iniciar a construção do primeiro Ecocubo que tem vindo a sofrer melhorias continuas.

Gerês, Mirandela, Cabeceiras de Basto são alguns dos locais por onde o Ecocubo já passou, colocado no meio da natureza, permite desfrutar de um céu estrelado, do “cantar” dos animais, do orvalho da manhã. “Feito de madeira e cortiça – um material 100% natural e português –, o cubo pretende criar uma simbiose plena entre arquitetura e natureza, entre construído e natural, integrando na paisagem uma forma pura com uma casca de árvore, que possibilita a permanência sustentável em novos lugares e a criação de experiências off-grid sem impacto negativo no meio ambiente e com impacto positivo na comunidade local”.

Uma cama e uma casa de banho seca, uma ideia trazia do Norte da Europa, permitem ter o conforto mais essencial. “A ideia é que as pessoas possam também usufruir das localidades mais próximas aos sítios onde estão os Ecocubo, daí, por exemplo não termos cozinha”, explica António Fernandes.

Desde o início, um dos objetivos de António Fernandes é que os Ecocubo fossem móveis. “A portabilidade permite por um lado colocá-los em locais diferentes e também retirá-los na época baixa, por exemplo, o inverno, permitindo também que a natureza se regenere”.