Em comunicado de hoje, aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo revelou que o projeto de valorização, designado "Vozes das Pedras - Promoção e Valorização da Área Arqueológica Mezio-Gião" vai incidir "nas 100 rochas de arte rupestre identificadas no Gião e nas 11 mamoas da Área Arqueológica do Mezio" para "oferecer" aos turistas que visitam aquela região "novos suportes e experiências relativos a esta temática".

"Esta iniciativa irá remeter os turistas para a relação do Homem com os elementos culturais e naturais. Com pedras enquadradas numa paisagem delimitada, o Homem do Mezio-Gião criou arte rupestre e espaços de rituais de enterramento (mamoas), mas criou-os num profundo relacionamento com o espaço natural, lendo-o, interpretando-o e experienciando-se a si e à paisagem como um só", explicou o município.

O projeto da Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima (ARDAL), criada em 2000 para promover o desenvolvimento local daquele concelho, vai ser financiado por fundos comunitários do Programa Operacional da Região Norte - Património Cultural.

Com aquele projeto a ARDAL pretende que "o conhecimento que estes espaços encerram seja partilhado com o grande público, num trabalho coordenado pelo arqueólogo Martinho Baptista, diretor Parque Arqueológico Vale do Côa".

A intervenção pretende também "reforçar a atratividade da Porta do Mezio, enquanto estrutura de promoção, receção, animação e interpretação do território do Parque Nacional da Peneda Gerês", classificado desde 2009 como Reserva Mundial da Biosfera.

Constituído a 08 de maio de 1971, o parque nacional, que se estende à Galiza, abrange do lado português cinco concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real. Além de Ponte da Barca, integra os municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre e Terras de Bouro.

O único parque nacional de Portugal é habitado por oito a nove mil pessoas.

Actualmente tem cerca de 240 espécies de fauna vertebrada identificadas no território e 1.100 de flora, além de 500 sítios de interesse histórico e arqueológico.

O parque integra a Rede de Reservas Biogenéticas do Conselho da Europa de "Matas de Palheiros-Albergaria, e foi distinguido em 2009 com a declaração por parte da UNESCO da Reserva da Bioesfera Transfronteiriça Gerês-Xurés.