A primeira parte do roteiro, com sugestões para sete dias, pode ser lida aqui. Vamos, agora, aos próximos sete dias de viagem pela Suíça.

Dia 8

Em Luzerne é possível apanhar um barco e visitar o lago (dá para usar o swiss travel pass) e ir saindo nas várias aldeias. A mais bonita é Weggis a que também conseguem aceder de carro se preferirem.

Se tiverem começado o dia cedo, ou em opção, ainda poderão visitar o Monte Pilatus. Dá para ir de barco, carro ou comboio até ao teleférico ou ao comboio (o segundo mais inclinado do mundo) que vos levará ao topo. O comboio só funciona no verão e o teleférico o ano inteiro. As vistas lá de cima são qualquer coisa e a pequena caminhada Tomlishorn, com apenas 1,4 Km para cada lado, é muito interessante e acessível.

Dia 9

Mais um dia e mais uma montanha com acesso de comboio, o Rigi, a rainha das montanhas suíças, como é conhecida, e mais caminhadas e vistas de cortar a respiração.

Em alternativa ao Rigi podem visita o Titlis. Acho o Titlis mais turístico mas se vierem no verão e quiserem ver neve, o Titlis é uma boa opção porque tem um teleférico que sobe a mais de 3000 metros, onde poderão ver neve todo o ano e um glaciar.

Viagem em direção a Bern, a capital da Suíça.

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Dia 10

Depois de visitar o centro da cidade seguir até ao Interlaken, visitar a vila e as vistas de Iseltwald e depois continuar até Lauterbrunnen.

Se só puderem conhecer dois sítios na Suíça o Lauterbrunnen é um deles. Foi este o vale que inspirou J. R. R. Tolkien para a paisagem de Rivendell, na trilogia Senhor dos Anéis, quando visitou Lauterbrunnen em 1911.

O vale tem 72 cascatas incluindo a Trümmelbach, património natural da Unesco, que consiste numa série de 10 cascatas interiores formadas pelos glaciares das montanhas Eiger, Mönch e Jungfrau.

O Camping Jungfrau é uma boa opção para dormir, quer no parque de campismo quer no hostel que fica no mesmo sítio.

Dia 11

Passar o dia no vale de lauterbrunnen. Há uma caminhada muito acessível ao longo do vale que começa ao pé da cascata Staubbach e que passa pelas quintas e restantes cascatas.

Outra opção é apanhar o teleférico até Murren e Gimmelwald e daí até Schiltorn (2971 m) uma montanha famosa por causa do filme de James Bond, ao serviço de sua majestade, que foi aí filmado. Uma das nossas paragens favoritas fica em Allmendhubel (1907 m) onde podem encontrar o parque infantil mais bonito da Suíça e caminhar pelo flower trail, que como o nome indica, é uma caminhada no meio das flores de montanha.

Dia 12

Grindewald é outra aldeia a não perder nesta região. É daí que partem as cordadas de alpinistas que tentam conquistar a famosa face norte do Eiger. Mas para quem não se sentir tão aventureiro há outras coisas interessantes nesta zona.

Podem vir, ou ir, consoante o caso, de Lauterbrunnen no comboio que passa por Kleinen Scheidegg e Wengen. As vistas são do outro mundo. Também é possível fazer este percurso a pé. Não é uma caminhada muito técnica mas é longa.

Em Kleinen Scheidegg é possível apanhar mais um comboio para o Jungfraujoch (3424 m), o topo da Europa. Aí têm vistas para o mar de gelo, podem visitar o palácio de gelo, enfim, um mundo de gelo e ainda o lindíssimo lago Bachalpsee.

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Dia 13

É hora de seguir para a região de Adelboden, ainda no Bernese Oberland. No inverno toda a zona fica transformada numa estância de ski e passeios na neve e no verão são as caminhadas que tomam conta do espaço.

Perto de Adelboden, em Tschentenalp, há uma nova atração, um baloiço gigante com vistas para os Alpes que vale muito a pena.

Alguns quilómetros depois fica um dos lagos mais fotografados da Suíça, o Blausee. O lago fica em terreno privado mas dá para visitar pagando entrada. Pessoalmente gosto mais do lago no inverno, quando não há quase ninguém e há neve fresca por todo o lado. Mas no verão, se chegarem cedo, também é muito bonito.

O Oeschinensee, meia dúzia de quilómetros depois do Bausee é, muito provavelmente o meu lago favorito. No inverno fica completamente gelado e dá para caminhar, patinar e andar de trenó no lago, para além de poderem usufruir das pistas de ski à volta, e no verão dá para nadar, andar de barco, de toboggan e fazer piqueniques e caminhadas. Acede-se ao lago através de teleférico e uma pequena caminhada de 15 minutos a pé.

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Dia 14

É altura de regressar a Genève ou outro aeroporto. A caminho de Genève aconselho a que escolham o caminho que passa por Gruyère e visitem o castelo, façam um tour na fábrica de chocolate Maison Cailler e bebam qualquer coisa no HR Giger Bar, um bar de inspiração futurista, único no mundo.

Se ainda tiverem tempo de sobra, a cerca de 30 minutos de Genève podem visitar Annecy e a 1 hora fica Chamonix-Mont Blanc.

Se partirem do aeroporto de Zurique, para além de visitarem a cidade, no verão, podem dar um saltinho às praias da costa dourada ou da costa prateada ou ir tomar qualquer coisa ao B2 Boutique hotel, o meu restaurante/biblioteca favorito na cidade.

Alguns dos dias do itinerário poderão estar um pouco “preenchidos” mas na Suíça é sempre preciso ter um plano B por causa da imprevisibilidade do tempo e, já agora, usar um site ou app suíça para consultar a meteorologia porque são normalmente mais fiáveis.

Leia a primeira parte do roteiro

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