O presidente da autarquia, Francisco Ramos, indicou à agência Lusa que o Museu Berardo Arte Africana, que também poderá abranger outras temáticas, vai ser instalado no "Edifício das Antigas Fábricas da Companhia de Moagem e Eletricidade de Estremoz e Veiros", situado na Rua Serpa Pinto e propriedade da Associação de Coleções.

O edifício do novo espaço museológico de Estremoz, no distrito de Évora, onde também funcionou o Museu da Alfaia Agrícola e que se encontra devoluto há vários anos, está, atualmente, segundo o autarca, em processo de classificação como monumento de interesse municipal.

O executivo municipal de Estremoz já aprovou, por unanimidade, a celebração do protocolo de cooperação com a Associação de Coleções, representada pelo presidente do conselho de administração, José Berardo.

Segundo Francisco Ramos, o protocolo hoje assinado é "similar" ao já existente para a instalação do Museu Berardo Estremoz.

O presidente da autarquia adiantou que o museu de arte africana será instalado após obras de recuperação do edifício, cujo projeto vai ser candidatado a fundos comunitários, estando previsto ficar concluído em 2020.

Também o Museu Berardo Estremoz, da Coleção Berardo, vai ser instalado num palácio setecentista da cidade alentejana, após as obras de adaptação, que estão a decorrer, no valor de 2,5 milhões de euros, segundo os promotores.

O presidente do município indicou que a abertura deste museu está prevista para outubro deste ano.

Este museu vai apresentar várias coleções particulares do empresário e colecionador de arte José Berardo, além dos cerca de 1.500 painéis que integram a coleção de azulejos, com exemplares do século XV até à atualidade.

O museu vai ser instalado no Palácio dos Henriques, vulgarmente conhecido em Estremoz por Palácio Tocha, um imóvel classificado como monumento de interesse público e situado junto ao jardim municipal, no Largo D. José I.

No interior do edifício destacam-se as salas e corredores cobertos por painéis de azulejos setecentistas.

Segundo a Coleção Berardo, as obras de adaptação do edifício, propriedade de José Berardo, são comparticipadas em 75% por fundos comunitários.

A gestão deste museu, nos primeiros cinco anos, vai ser feita ao abrigo de uma parceria entre a Coleção Berardo e o município de Estremoz.

"O visitante vai poder desfrutar do melhor da arte, através de um diversificado acervo que é constituído pelas várias coleções do universo mais vasto da Coleção Berardo, considerada uma das mais prestigiadas coleções privadas a nível internacional", segundo o município.

Fonte: Lusa