1. Perder-se na História

Se há cidade importante no mundo pela sua história, essa é Roma. Já foi a capital do mundo e hoje alberga os restos da nossa história, da nossa civilização, aquilo que hoje chamamos de sociedade moderna. Em cada esquina iremos tropeçar contra vestígios do Império Romano, seja guiado por um mapa ou pelo acaso. Há os que são pagos, e merecem uma visita, e há outros que nos aparecem à frente quando menos esperamos. “Roma não se fez num dia” e a melhor forma de descobrir as histórias por detrás da História é perder-se na capital italiana.

2. Os passeios a pé

É um chavão para todas as grandes cidades do mundo, mas aqui faz mais sentido do que nunca. Roma é um museu a céu aberto, mas caótico. De metro ou autocarro não conseguimos absorver e apreciar toda a beleza de Roma, até porque parte desta tem de ser vista a poucos centímetros dos nossos olhos. Cada placa conta-nos a tal história que queremos levar para casa. Além do mais, ruas, como a belíssima Via Margutta, têm de ser apreciadas pelos nossos próprios pés, com o olhar atento para a cor alaranjada dos edifícios e as flores que caem nas varandas.

"Roma é como um livro de fábulas, em cada página encontras-te com um prodígio", Hans Christian Andersen

3. A luz de Roma

Sim, não bate a sua rival Paris, mas Roma ganha mais encanto à noite. Até porque é sabido que é uma cidade escura e suja, algo que não deve ser confundido com desmazelo. Roma é antiga, Roma é História. Limpá-la faria dela mais uma cidade entre muitas na Europa. Roma é bonita assim, desconstruída e selvagem, deixem-na ficar assim. Mas se querem lugares limpos, bem preservados, deixem-se levar pelas cores noturnas do Vittorio Emanuelle II, do Coliseu e da Fontana di Trevi. Impossível não ficar embasbacado com tamanha imponência.

Roma
créditos: Pixabay

4. O Vaticano

É uma região autónoma e não pertence a Roma, mas o Vaticano só é o Vaticano porque Roma existiu. O Cristianismo não seria o Cristianismo sem o poder absoluto e temível dos prefeitos de Roma. Sim Pôncio Pilates, estou a falar de ti. Religiões à parte, e isto tem de ficar bem ressalvado aqui, os museus do Vaticano, a Basílica de São Pedro e a Capela Sistina, juntos, formam o melhor museu do mundo. Já ouvi muitas pessoas dizer que existem igrejas mais bonitas em Roma do que a Basílica, mas não. O maior e mais importante edifício religioso do catolicismo do mundo é também o mais bonito de todos. O museu e a Capela de Sistina pecam apenas pela quantidade de gente que lá circula. Quando terminamos a nossa visita temos a sensação que visitámos algo grandioso, que nos encheu a alma, pelas obras lá presentes, pela importância histórica. Aqui está erguida uma ‘obra’ importante para perceber quem fomos e o que somos.

Roma
Vaticano créditos: Pixabay

5. Os aperitivos romanos em Trastevere

Vá-se lá saber como é que os bares aguentam com tanta despesa em comida gratuita, mas a verdade é que esta é uma tradição italiana de há muitos anos. Para quem não sabe do que se trata passo a explicar: a partir de uma determinada hora (cerca das 19 horas) alguns bares/restaurantes colocam comida em cima dos balcões ou mesas e os clientes podem servir-se à vontade. Claro que convém abastecerem-se de uma bebida do estabelecimento, mas não precisam mais do que uma para se sentirem à vontade para repetir. Claro que estamos a falar de pratos rápidos, em estilo buffet. Recomendo o Freni e Frizioni, em Trastevere. Muita comida e os cocktails (10€ cada um) são autênticas obras de arte.

6. As ‘villas’

Em Roma não há muitos jardins para podermos desfrutar de uma bela pizza ou focaccia – como veem não faço referência à gastronomia romana porque não é o melhor que irão encontrar em Roma – e por isso a cidade eterna recorre às villas para podermos ter algum espaço verde. Em Roma há duas muito boas, a Medicci e a Borghese (que tem as melhores galerias de arte em Roma). E até são vizinhas. Outra sugestão, que não entra na categorias de 'villas', são as Termas de Caracala, mais afastadas do centro, mas que merecem uma visita para se ter mais uma perspectiva da grandeza do império.

Roma
Villa Borghese créditos: Pixabay

7. O Coliseu, Palatino e o Fórum Romano

Isto é uma lista pessoal por isso, como amante da história do Império Romano, tenho de destacar o Coliseu e o Fórum Romano. O Coliseu pode ser apenas um aglomerado de pedras em ruínas mas quando lá entro consigo transportar-me para os primeiros séculos depois de Cristo. Quando estou lá sinto-me como um romano, absorvido pela grandeza desta civilização. Ao lado está o Fórum Romano, outrora o centro do poder mundial. Está em ruínas, mas conseguimos imaginar perfeitamente como se vivia lá. Também ao lado está o Palatino, um pouco mais despido, é certo, mas importante porque foi aqui que nasceu o Reino de Roma. E quando falamos em nascimento temos de recuar até aos 700 a.C., só para terem noção da importância do sítio.

Roma não é a cidade perfeita, nunca o foi e não é agora que o vai ser. Roma é para os que amam História e apreciam arte, fechada ou ao ar livre. Roma é para os que gostam de se perder e encontrar o inesperado. Roma é descontração. Esqueçam as pastas e as pizzas, Roma é mais do que isso, é querer fazer parte de uma história que continua a ser grandiosa.

Se quer planear uma viagem a Roma, leia aqui o nosso roteiro de quatro dias e descubra 14 coisas que não deve fazer na capital italiana.

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