1. Como/quando começou o “bichinho” das viagens?

O bichinho das viagens começou por volta dos meus 23 anos, quando comecei a fazer pequenas viagens por algumas cidades da Europa como Barcelona, Londres, Paris e Roma. Nestas duas últimas talvez tenha começado a sentir que o bichinho se estava a apoderar de mim. Saía de uma viagem já a pensar na próxima.

Em criança, com 10 ou 11 anos, fiz a minha primeira viagem de avião, à Madeira, com os meus pais. Além disso tínhamos ido apenas a Espanha, mesmo junto à fronteira, a Badajoz. Nunca pensei muito em viagens durante toda a infância e adolescência, uma vez que era totalmente fora do meu alcance a nível financeiro, nem pesquisava sequer… era mesmo uma coisa “impossível” para mim. Era tão impossível que pensava “se um dia viajar, vai ser ao Brasil”. Via isto como um sonho pois era o país que mais aparecia na televisão, nas telenovelas do Brasil que a minha avó assistia todos os dias.

Nos dias de hoje as coisas mudaram. Tenho viajado bastante pelo mundo, mas ainda não visitei o Brasil. Irei certamente um dia. Pretendo conhecer tudo aquilo que o país é capaz de oferecer e não apenas as conhecidas praias.

2. Além de viajar, gosta muito de…

Além de viajar gosto muito de ver o mar, de ir à praia e da calma que me transmite. Não de ficar apenas a apanhar sol, mas de caminhar, sentir o cheiro do mar e recarregar energias. É algo que faço sempre que posso no meu dia a dia.

3. Quantos países já visitou?

Já viajei por 20 países sendo que repeti 3 vezes os Estados Unidos. Normalmente tento não repetir as viagens uma vez que quero visitar e conhecer o maior número de culturas e países possível. Assim, sinto que ao repetir estou a tirar a oportunidade de conhecer outro país novo, porém há algo que me cativa muito naquele país, não sei ao certo o que é.

4. Viagens mais marcantes e porquê?

A viagem mais marcante que fiz foi, sem dúvida, a minha primeira viagem aos Estados Unidos, onde durante 1 mês percorri 5 Estados. Permitiu-me ter uma noção da diversidade e imensidão que é aquele país. Acredito que tenha sido nessa viagem que percebi que a vida é muito curta e o mundo demasiado grande para se viver sempre no mesmo sítio, na mesma rotina.

Desde que regressei dessa viagem, em 2018, o meu pensamento passou a ser maioritariamente as viagens, onde poderia ir e que conteúdos poderia criar de modo a conseguir partilhar a minha paixão com todas as pessoas que também tivessem interesse no tema. Tem sido, sem dúvida, uma aventura!

5. Destino que quer regressar e porquê?

O destino ao qual quero regressar é, sem dúvida, os Estados Unidos. Como referi anteriormente, há algo que me cativa e me puxa para lá, embora não consiga sequer perceber e explicar o que é uma vez que não é de um Estado em específico, mas sim o país como um todo. A sensação de liberdade ao conduzir naquelas estradas do Arizona e Utah, as paisagens deslumbrantes que nos fazem sentir mesmo pequenos, é algo que não encontro em mais lado nenhum, o sentimento não é o mesmo. Estar em New York e sentir que já ali estive antes, tudo ser familiar, talvez pela influência dos filmes e da música. Estar na Califórnia e ouvir Hip hop na rua a toda a hora. É todo um conjunto de coisas que torna muito entusiasmante para mim falar sobre isso. Gostava de poder voltar lá mais vezes e mostrar tudo aquilo a mais pessoas. É muito complicado transformar em palavras e transmitir em fotos e vídeos todas as sensações de estar perante tal grandeza natural que o país oferece, mas sinto que é a minha missão.

6. Próximos destinos e expectativas.

Uma das viagens que estou a planear fazer é à Índia. A expectativa que tenho é de que será um grande choque, mas é exatamente isso que procuro depois de viajar por alguns países da Ásia e me ter deparado com uma enorme diferença cultural que despertou algo em mim. Adorei ver como tudo é diferente em cada ponta do mundo e quero mesmo experienciar esse extremo. Infelizmente, essa viagem não poderá acontecer para já, mas acredito que se tornará realidade num futuro próximo. Antes dessa espero conseguir realizar ainda algumas viagens mais pequenas.

7. Dica de viagem mais valiosa que pode dar.

Ao longo destes 10 anos em que viajo com mais regularidade aprendi que a dica mais preciosa é levarmos connosco apenas o necessário, o menor número de coisas possível. Torna-nos muito mais despreocupados ao longo da viagem e, certamente, muito mais leves também. As viagens que tenho feito são cada vez maiores e a bagagem cada vez menor. Acredito que “menos é mais” e é um lema de vida que carrego comigo.

Em termos mais gerais, não se preocupem com uma organização extrema de roteiro porque isso pode impedir experiências espontâneas que podem vir a ocorrer ao longo da viagem o que torna tudo mais stressante e menos divertido. É bom ir com uma ideia geral, mas nada demasiado rígido e marcado. Ter alguma flexibilidade para decidir onde dormir e quais os planos do dia seguinte pode realmente fazer toda a diferença numa viagem.

8. Lugar preferido em Portugal.

Em Portugal é difícil dizer qual o lugar que mais gosto por ser um país muito pequeno, porém com uma enorme diversidade. Se puder dizer um local geral, opto por dizer que o meu lugar favorito em Portugal é junto ao mar. Temos as mais belas praias e, sem dúvida, nós somos dos países mais bonitos do mundo.