1. Gronelândia e o Árctico

As regiões polares são as que mais alterações sofrerão nos próximos anos. Regiões como a Gronelândia ou as ilhas Svalbard já começaram a pagar o preço das alterações climáticas.

Já pensou em viajar na Gronelândia? Levamo-lo numa viagem extraordinária ao mundo dos gelos polares
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Os invernos longos e gelados já praticamente não existem. Os mares já só congelam cerca de três meses por ano, ao contrário dos seis ou sete que as comunidades estavam habituadas.

Os Inuits na Gronelândia começam a trocar os trenós puxados por cães do Árctico por barcos, já que a pesca passa a ser possível quase todo o ano. As famílias deixam de ter capacidade para alimentar as dezenas de cães que usavam como animais de trabalho e os cães são agora abandonados, deixando dezenas de animais a morrer à fome ou em estado selvagem. Mas, a par das alterações no modo de vida local, a Gronelândia, Svalbard ou o Alasca, vêem os seus mantos de gelos e glaciares definharem a um ritmo alarmante.

Para os amantes dos gelos polares, uma viagem ali é uma luta contra o tempo. Em poucos anos a paisagem polar pode estar radicalmente mudada e ver estes mantos de gelo será cada vez mais difícil.

Gronelândia
Gronelândia créditos: Viajar entre Viagens

2. Amazónia e florestas equatoriais

A crescente taxa de desflorestação mundial é alarmante. As florestas equatoriais são as mais ameaçadas, estando em risco por todo o mundo. A floresta equatorial localiza-se numa faixa territorial em torno do Equador e os 5º de latitude.

Estas florestas são biomas de uma biodiversidade extraordinária, compostas por camadas de vegetação, desde herbácea, até arbustiva e arbórea, que vivem em simbiose perfeita. A fertilidade dos solos resulta das enormes quantidades de matéria orgânica que diariamente alimentam as camadas superficiais do solo e se decompõem a uma grande velocidade. Erradamente, estes solos estão a ser explorados para actividades agrícolas mas, uma vez destruída a floresta, o solo torna-se estéril pois deixa de ser alimentado pela matéria orgânica que é o segredo da sua fertilidade.

Florestas, como a da Amazónia ou as da Malásia, têm vindo a ser destruídas para dar lugar a monoculturas de palma (para óleo de palma) ou soja (para alimentação do gado e produção de biocombustíveis).

A destruição da floresta está a provocar uma crescente desertificação, transformando estes lugares, num futuro próximo, em autênticos lugares estéreis e desertos. Quer conhecer a Amazónia e as florestas tropicais, inclusive as suas populações indígenas? Vai ter de se apressar…

Floresta Equatorial
Floresta equatorial créditos: Viajar entre Viagens
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3. Maldivas e ilhas de baixa altitude

As alterações climáticas do planeta Terra mostram que o nosso planeta tem vindo a registar um aumento das suas temperaturas médias, habitualmente conhecido como “Aquecimento Global”. Estas alterações provocaram, até ao momento, um aumento médio da temperatura do ar em cerca de 0,8ºC, que já conduziram a subidas no nível médio das águas do mar, provocado pelo degelo glaciar.

Países como Maldivas, Tuvalu ou Kiribati são os mais ameaçados, já que se encontram poucos metros acima do nível médio das águas do mar. Nestes locais já se iniciou uma luta contra o tempo, com as marés altas a destruírem sistematicamente a linha de costa e a porem em causa a sustentabilidade da vida nas ilhas. Os governos destes países já começaram a procurar lugares alternativos para implantar os países e deslocarem as suas populações.

Os habitantes das Maldivas, Tuvalu ou Kiribati podem ser os primeiros refugiados ambientais do planeta a fazer uma diáspora continental. Se é amante de praias tropicais como as das Maldivas ou do Pacífico, deve visitá-las o mais brevemente possível. Tal como os glaciares, elas também não estarão cá por muito mais tempo.

Ilhas tropicais
créditos: Viajar entre Viagens

4. Recifes de Coral

Os recifes de coral são dos ambientes mais ricos do planeta, no que concerne à sua biodiversidade. São também uma espécie de barómetro para o mundo, já que são os primeiros a sofrer as consequências das alterações climáticas. Uma subida das temperaturas da água do mar em menos de um grau pode levar à sua destruição, provocando a morte dos corais e por conseguinte dos animais e peixes que aí vivem.

Os cientistas mundiais há muito que deram o alarme: os recifes de coral de todo o mundo estão a morrer. É cada vez mais difícil encontrar recifes com corais coloridos, sendo que a maioria dos corais têm sofrido descolorações massivas devido à alteração da temperatura das águas.

Se é amante de mergulho ou snorkel, está na hora de visitar estes lugares rapidamente. Todos eles têm os dias contados. Para saber mais sobre os recifes de coral pode ver este artigo.

Férias na Maldivas
Créditos: Viajar entre Viagens créditos: Viajar entre Viagens

5. Glaciares de montanha

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Os glaciares das regiões polares enfrentam uma redução alarmante mas os glaciares de montanha não ficam atrás. Himalaias, Alpes, Andes, todas as grandes cadeias de montanha mundiais, com altitudes superiores a 4000 metros, tinham vales verdejantes cujo topo estava associado a grandes glaciares de montanha que desciam pelos vales como serpentes ondulantes.

A subida das temperaturas médias mundiais tem provocado o recuo de quase todas essas massas de gelo para cotas mais altas, sendo cada vez mais difícil alcançá-los. Para além disso, o definhar dos glaciares de montanha tem sido tão elevado que muitos já praticamente desapareceram só nos últimos 50 anos.

As paisagens glaciadas dos Alpes ou do Kilimajaro serão as primeiras a desaparecer mas, uma vez iniciado este processo, com subidas de temperatura média na Terra de cerca de 3ºC, o aquecimento do planeta será irreversível e estes gigantes gelados poderão desaparecer para sempre. É por esta razão que perseguimos estas paisagens no nosso planeta.

Glaciares de montanha
Glaciares de montanha créditos: Viajar entre Viagens

Não deixe para amanhã o que pode visitar hoje! Amanhã estas paisagens podem já não existir no planeta Terra.

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