“Ora bem, cá vamos nós, estive numa ilha que não tinha rede”. A Beatriz (@beatrizccaetano) decidiu recordar os momentos mais altos da sua viagem pelo México que ainda não terminou. Fez uma reflexão diferente e partilha connosco a sua decisão mais recente de viagens: vai demorar a voltar a Portugal e mudará a rota, pois o próximo país seria o Brasil, todavia não irá por causa do estado pandémico. E há uma ilha à qual vai voltar, ainda no México. Sabem qual é? Basta reverem um dos últimos artigos aqui no SAPO Viagens.

O que mais a impressionou e o que menos tem apreciado? Além da hospitalidade marcada do povo mexicano, aqui ficam os pontos soberbos desta viagem que já é recorde de tempo de viagem em época COVID-19:

- Uma história bizarra que aprendeu durante a tour em Chichen Itza: um campo onde se realizava a luta de guerreiros Maias (similar ao pugilato espartano) que consistia numa ‘espécie de basquetebol’ em que apenas podiam fazer os passes com as ancas. Com a anca e não com as mãos. Sim, leu bem. Agora só visualize! Além disso, quem arrecadava a vitória ganhava um prémio: morria. Confuso? Não, apenas costumes da civilização Maia, no seu esplendor nesta área do México e não muito diferente de civilizações precedentes. Os guerreiros que ganhavam as competições esperavam pelo amanhecer, dispostos no altar da pirâmide maior de Chichen Itza. Ao raiar do sol, o coração era retirado por baixo da costela e oferecido aos deuses em jeito de sacrifício. Muito típico entre os ‘sacerdotes’ da altura para obter dádivas do céu.

Porém a nossa portuguesa confessa que a altura da pirâmide ficou aquém da sua expectativa, mas é inegável a imagem de uma serpente a descer a pirâmide que só aparece refletida quando o sol se ‘acende’ na pirâmide no final do dia.

-  Os Cenotes: o cristal e escondido. Aqui fez imensas amizades – a voz da Beatriz eleva-se de nostalgia quando recorda os cenotes. Um conselho turístico: se vai aos cenotes (e claro que vai!), então leve uma máquina ou um telemóvel capaz de captar imagens enquanto mergulha na água límpida e reluzente. A Bia tem aqui umas imagens para os leitores que confirmam que é imperdível fazer a sua própria galeria nos cenotes.

- Fuga de Tulum: completamente necessária segundo a Beatriz, pois é “demasiada party”. E, sabemos que as regras sanitárias estão a ser descuradas em grandeza. Fugiu para outras praias: uma má, segundo a portuguesa, que foi a Playa del Carmen – “parece Albufeira em hora de ponta”. E outra muito boa: a Isla Mujeres. Seguiu de ferry com um mexicano cantante e aí sim encontrou praias cristalinas na zona norte. Mas não vá ao fim-de-semana pois está atolada de turismo, mesmo em COVID-19. Na continuação da fuga às enchentes, a Bia fez esta ilha toda de bicicleta e recorda a corrida com uma serenidade que encontrou entre festas e pontos mais agudos da ilha. Nesses pontos remotos foi feliz e ainda encostou a bicicleta para mergulhar numa “piscina infinita com vista para o mar”. Conta que foi a sua a experiência de “cinco minutos” de riqueza e ostentação. Porém, voltou à sincera grandeza do mundo, na bicicleta, e rodeou todas as praias. A ilha que ganha a medalha: Holbox. Pelo menos até agora, quase a abrir Abril.

- Espanhol a chegar à nota 20! O Espanhol da Beatriz já foi extremamente elogiado nos últimos dias, está a ter um curso naturalmente intensivo de língua castelhana. Está a ficar hippie, já avisou. Cada vez mais se despoja de materialismos (ela própria não é uma pessoa de materiais, mas de ‘pessoas’, de pele com pele. Humana) e deixa-nos esta confissão (a voz dela aqui ficou a tremelicar): após dois meses a viajar sente-se “a pessoa mais sortuda do Mundo (…) partilho para dar um pedacinho do que eu sinto, pois não vos posso trazer para aqui (…) esta é minha forma de partilhar convosco”. Sentiu, muitas vezes, a libertação do drama das máscaras à luz do pôr-do-sol. Longe de Tulum e da Cidade do México. Não tem a ver com a questão de não se usar máscara, mas de se ter esse luxo atual e estar protegido. Confessou que nós, ocidentais, pedimos muito e somos pouco gratos face ao que ela vai observando nas ilhas.

Um ponto negativo, todavia: invasão. O México de fronteiras escancaradas está a levar o planeta para ali. É o que sente, milhares de pessoas entram no México à procura de uma lufada errada de liberdade.

Nos últimos dias, as nuvens açoitaram o seu bom humor de praia da portuguesa e diz-nos, olhando para Portugal: “Vocês roubaram-nos o sol (…). Queixou-se só do arranque da Primavera desta forma na América Central mas, Beatriz, quem tem sol dentro de si e com as aventuras que nos trazes… não precisa de céu e sol. Que o sal te salgue essa vontade intrépida de viajar e continua de pés bem assente na terra. Agora rumo a Puerto Escondido. Como to própria disseste “em direção ao sol”.

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