Enquanto cruza as nuvens no avião para o México, por um lado, o que mais baila na memória sobre o Corcovado é a diversidade de árvores e espécies que nunca viu. Por outro lado, o que mais a entristeceu: a vida cara de Costa Rica. É, conclui, um país ‘turisticamente’ muito caro: “uma maçã custa cerca de 1.15 euros, assustador” – constata a portuguesa que atravessou o céu de Nicarágua, El Salvador, Honduras, Belize e Guatemala. Aliás, estes países e o México compõem o mundo que foi a antiga e respeitadíssima civilização Maia. Conta-nos, a Beatriz, de alma refrescada e de tez morena, que fez amigos em Corcovado e está conectada com eles pois diariamente vão trocando notícias. A última notícia que recebeu no seu instagram sobre o país de espécies raras: os turistas europeus que por lá andam, ainda, a explorar estão debaixo de uma avassaladora tempestade tropical.

Bem, mas agora é fase 2 da diáspora da Beatriz Caetano (@beatrizccaetano) na América Central: todavia será que ela vai ficar só pela América Central? Só as milhas o dirão. Estamos oficialmente na segunda temporada desta série ‘Milhas da Bia’. Chamemos-lhe assim. Gostaram? Mal aterrou no México, com a mochila cheia de memórias molhadas pelo Pacífico do Corcovado, inalou a calorosa receção do Caribe. Ei-la nas terras mexicanas, de chapéus alongados e de cantorias gritantes que fazem esquecer qualquer lamúria da pandemia. Será assim mesmo?

Sabotando a ideia de prisão com que vivemos neste lado do Ocidente, a liberdade é a oração de cada dia da Beatriz, agora na Cidade do México. Alugou um alojamento Airbnb - “de luxo” - a 37 euros por dia, com ginásio, piscina no topo. Começamos a ter uma ‘inveja boa’ desta portuguesa que alugou um carro para começar a “grande aventura” na civilização Maia, mas não só! Antes disso vai explorar a Cidade do México, a temida conforme nos dizem sempre que queremos visitar o México, por isso as estâncias balneares acabam por ser sempre as opções dos turistas. Mas mais que turistas, temos de ser viajantes plenos - percorrer cidades, templos e descansar nas praias, resgatar a energia toda numa estância balnear depois ou “entre” mundos que um só país pode oferecer.

“Vim passear aqui ao centro (…) problema: vim ao Museu Frida Kahlo… aquilo está fechado devido à COVID. Ando a passear nas feirinhas de artesanato, nos parques e tenho aqui uns senhores a cantar.” Ri imenso quando ela falou dos cantores mexicanos! Mas sentimos neste país a medida ‘COVID-19’. Mas nada impeditiva de continuarmos a aventura por uma das cidades mais perigosas do mundo e pela civilização magnânima que foi outrora, a civilização Maia.

Bem quanto ao perigo da Cidade do México, mistério absolvido, por hoje, pois nada apontou para tal enquanto ouvi o testemunho da Bia. Sobre a civilização Maia ainda vamos fazer double-check.

“Estou a começar outra tour (um nome que não percebi!)… depois vamos às pirâmides de Yucatán e à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Esta tour vai durar das 9h às 17h – a Bia refreia o discurso só para confirmar o horário - ao pôr-do-sol vou ver a torre Latinoamericana que, creio, é o ponto mais alto da Cidade do México [no vídeo abaixo]. Envio-te o máximo de fotos que eu puder! (…) Logo é que tenho Internet”.

Até logo, Beatriz!