Estava em Quioto há dois dias quando decidi visitar uma das maiores atrações da região: o santuário Fushimi Inari Taisha. Apanhei o comboio na estação central de Quioto e passados cinco minutos estava na estação de Inari, mesmo em frente ao santuário.

Cheguei pouco depois do amanhecer porque já sabia que aquele lugar, apesar de estar aberto 24 horas por dia, enchia muito rapidamente. Eu queria ter a oportunidade de o explorar com alguma paz e sossego. Fiz bem porque assim pude percorrer todo o recinto em cerca de duas horas e meia, com toda a tranquilidade.

À medida que a manhã avançava, cada vez mais gente aparecia para visitar o santuário. Muitos vinham vestidos com roupas tradicionais da região e davam um colorido ainda mais interessante ao lugar.

Percorra a galeria de fotos para conhecer melhor este santuário.

Para subir até ao topo dos 233 metros da montanha Inari atravessei mais de quatro mil torii (portões) vermelhos e alaranjados, visitei vários templos que fazem parte do complexo e assisti a algumas cerimónias sagradas que ali têm lugar.

Em alguns lugares, os portões eram tão próximos que até a luz do sol tinha dificuldade de passar. Uns eram mais altos, outros um pouco mais baixos, mas juntos eles formavam um túnel encantado que serpenteava até ao cimo da montanha verdejante e criava bonitos jogos de luz.

Fushimi Inari Taisha é o templo central e situa-se na base do monte. É o mais importante santuário de Xintoísmo de Quioto e uma das suas atrações principais.

O santuário é dedicado a Inari, o deus japonês do arroz. Diz a crença popular que é ele o responsável pelo bem-estar e pela prosperidade dos comerciantes.

É tido como o patrono dos negócios e isso explica o porquê do santuário ser tão extenso - ocupando cerca de quatro quilómetros da base até ao topo da montanha. Cada um dos portões foi doado por um indivíduo ou um negócio japonês na esperança de receber boa sorte e fortuna. O nome do doador é inscrito em tinta preta na parte de trás de cada portão para que todos saibam que foi ele que fez a doação.

O santuário foi fundado em 711 e tem uma história interessante associada à sua origem. Segundo a lenda, um bolo de arroz foi atirado ao ar e transformou-se num cisne, voando para longe e aterrando no pico de uma montanha onde arroz começou a crescer - um presságio auspicioso no Japão. Isso levou à decisão de construir ali um santuário dedicado a Inari, o Deus do Arroz.

Pelo santuário é comum encontrarmos raposas de pedra. A raposa é considerada o mensageiro de Inari. Algumas têm uma chave na boca que representa a chave do celeiro onde se guardava o arroz.

Pessoas de todas as idades reúnem-se neste santuário para rezar por colheitas abundantes e para pedir sucesso nos seus negócios.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World

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