1º dia - Centro histórico de Tavira

No primeiro dia explorem o centro de Tavira. Descubram o seu passado histórico, o castelo, as bonitas Igrejas, a influência mourisca ainda presente na arquitetura, os parques e as pontes.

Rapidamente vão perceber que Tavira é uma cidade dividida em duas margens pelo rio Gilão e conectada por várias pontes, sendo a mais pitoresca a Ponte Romana (que de fato não é romana e apenas ganhou esse nome, segundo dizem, pela sua localização numa antiga estrada romana que passava pela cidade).

É uma ponte exclusiva para pedestres e o local perfeito para tirar belas fotos do rio, principalmente ao pôr do sol.

Praça da República é a principal e uma das mais bonitas praças da cidade. Qualquer passeio por Tavira, habitualmente começa por aqui.

O Jardim do Coreto é o espaço verde que junta a Praça da República à frente ribeirinha.
É o parque público mais antigo da cidade e o coreto octogonal em ferro forjado que lhe dá o nome, foi desenhado no Porto em 1890 e depois trazido de barco para Tavira.

Coreto
créditos: Travellight e H. Borges

Mercado da Ribeira e as suas esplanadas convidam-nos a sentar e a experimentar a gastronomia local antes de partir à descoberta do Castelo — o principal vestígio da época mourisca na cidade.

Castelo de Tavira é uma edificação extraordinária que até hoje preserva muralhas que datam do século XI, quando a dinastia Almorávida dominava o território.

Ainda é possível subir a “torre albarrana” — uma assinatura das fortalezas mouriscas, para admirar as vistas panorâmicas da cidade e depois descansar no bonito jardim do castelo onde uma buganvília centenária, quando está em flor, perfuma o ar com aromas doces.

Quem quer saber mais sobre a presença moura em Tavira, não pode deixar de visitar o Núcleo Museológico Islâmico que reúne um conjunto de artefactos escavados em vários locais da cidade, como o Convento da Graça e o Palácio da Galeria (Museu Municipal).

A peça de destaque é o Vaso de Tavira, que tem na borda figuras de barro de homens a cavalo e músicos.

Ao lado do Castelo, outro ponto de interesse — a Igreja de Santa Maria, construída entre o século XIII e o século XIV, no mesmo local onde costumava ser a mesquita da cidade.

O edifício manteve-se firme durante 500 anos até ao terramoto de 1755 o derrubar. Foi reconstruido com um design barroco, mas o portal gótico é medieval e data de 1300.

Igreja da Misericórdia é mais um dos monumentos que vale a pena visitar em Tavira. Distingue-se pela sua fachada renascentista e pela imagem de Maria como “Nossa Senhora da Misericórdia”, ladeada por altos-relevos de São Pedro e São Paulo.

Praias tavira
créditos: Travellight e H. Borges

2º e 3º dias - Praias

Ilha de Cabanas, com uma extensão de areia de 7 km, é também acessível por barco quando a maré não permite a travessia a pé. São praias de água quente, com a natureza da Ria Formosa ali mesmo ao lado e com restaurantes e bares de apoio.

A principal atração de Cabanas é o ambiente, que é ainda mais descontraído e calmo do que Tavira. Cabanas encontra-se na ciclovia do Algarve, o mesmo percurso que liga a Pedras D'el Rei mas no sentido leste.

Ria Formosa
créditos: Travellight e H. Borges

4º dia - Ria Formosa

Ria Formosa é um parque natural de zonas húmidas que se estende por cerca de 60 km ao longo da costa, mas protegido do mar, na zona de Tavira, pela Ilha de Tavira.

É uma extensa rede de zonas húmidas, sapais e canais onde podemos fazer passeios de barco e observar a vida selvagem que aqui se junta. É perfeito para quem gosta de fotografar, tem interesse na natureza ou gosta de observar aves.

Serra Tavira
créditos: Wikipedia

5º dia - Serra

Na direção oposta ao mar, na serra de Tavira, há igualmente muitos recantos para descobrir. Um dos mais procurados é a cascata do Pego do Inferno, em Santo Estêvão (a 10 km de Tavira). No Verão, é possível que o caudal de água não seja tão abundante, mas as águas límpidas da lagoa formada pela cascata são uma boa alternativa a um dia de praia.

Outras formas de descobrir o interior de Tavira passam por alugar uma bicicleta ou percorrer os diversos trilhos disponíveis, como a Rota das Colinas, que explora as margens do Rio Séqua ou o Percurso dos Montes Serranos, que atravessa povoações típicas do interior do concelho de Tavira - Casas Baixas, Alcarias Baixas e Amoreira - e proporciona vistas panorâmicas sobre as serranias do Caldeirão.

6º dia- Santa Luzia e Cacela Velha
créditos: Travellight e H. Borges

6º dia- Santa Luzia e Cacela Velha

Santa Luzia é uma pequena vila piscatória especializada na captura de polvo. A frota pesqueira regressa de manhã cedo e esta é a altura ideal para visitar, para assistir à descarga e comercialização do polvo e depois almoçar nos restaurantes que se alinham em frente ao porto.

Cacela Velha, uma aldeia que fica a 5 km de Manta Rota e a 10 km de Cabanas, também merece a visita de quem passa férias em Tavira.
Fica frente à Ria Formosa e entre o mar e a Ria existe uma língua de areia - A Praia da Fábrica — perfeita para uma magnífica tarde de banhos de sol. As águas aqui, costumam ser das mais quentes do Algarve e o acesso à praia é feito por pequenas embarcações de pescadores no Sítio da Fábrica.

A pesca foi durante muito tempo a principal fonte de riqueza de Cacela, mas nas últimas décadas o turismo impôs-se. Na pequena aldeia é um gosto passear pelas ruas do centro histórico; ver a Igreja Matriz; a Fortaleza dos Cavaleiros de Cacela (ou Forte de Cacela Velha) e o Bairro islâmico e Necrópole cristã.
Escavações arqueológicas (realizadas em 2007) determinaram que na Cacela Velha ficava a Medina de Qast’alla Daraj, um centro islâmico da Gharb al-Andalus do século X — o que prova a importância histórica desta aldeia.

Vejam aqui onde se podem hospedar em Tavira.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World