Dizer aos americanos e aos turistas internacionais que "Nova Iorque despertou" vai custar 30 milhões de dólares, uma quantia inédita proposta na passada quarta-feira (21) pelo presidente da cidade Bill de Blasio e pelo presidente da agência turística municipal, Fred Dixon.

Como as viagens ainda estão restritas, a mensagem nos veículos tradicionais, redes sociais e nos discursos de "influencers" terá como alvo principal os americanos, começando pelos amigos e parentes de nova-iorquinos que serão convidados a "visitá-los". Depois, se a pandemia permitir, será estendido a uma audiência mundial, explicou Dixon.

"Havia 400.000 empregos ligados ao turismo antes da pandemia, eles vão voltar", garantiu De Blasio durante a conferência de imprensa. "Nova Iorque despertou, devemos dizer às pessoas que estamos abertos, que estamos seguros (...). Isso não vai acontecer do dia para a noite, nós sabemos, mas vai acontecer".

O que está em risco é considerável para uma cidade que antes da pandemia era uma das mais visitadas do mundo, com um recorde de 66,6 milhões de visitantes em 2019. A quantidade de turistas caiu para 22 milhões em 2020.

Grandes investimentos pré-pandemia devem ser compensados, como o centro de convenções Javits Center, ou a renovação do aeroporto de LaGuardia.

A aposta não está ganha de antemão: os bairros comerciais estão desertos há 13 meses, a maioria dos trabalhadores continua a trabalhar a partir de casa, o que prejudica financeiramente um vasto ecossistema de restaurantes, comércios e hotéis. Além disso, a criminalidade está em alta, o que relembra algumas pessoas da cidade suja e às vezes perigosa que foi Nova Iorque nos anos 1970-80.

Apesar do início da recuperação das atividades desportivas e de alguns entretenimentos, ainda não se pode ir a atrações-chave como os musicais da Broadway: o regresso está previsto para setembro, embora a agência de turismo não descarte que a data seja antecipada.

Assim, Nova Iorque espera receber uma grande quantidade de turistas em 2023. O governo municipal estima que a maior cidade dos Estados Unidos alcançará nesse ano o seu nível de pré-pandemia, 64,7 milhões de visitantes, e retomará o seu crescimento a partir de 2024, com 69 milhões de turistas.

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