Uma grua ergueu a cruz e colocou-a no topo da agulha da construção durante a tarde desta quarta-feira.

A instalação ocorre dois dias antes da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao local, exatamente um ano antes da sua reabertura para missas, prevista para oito de dezembro de 2024.

A agulha, idêntica à anterior, desenhada pelo arquiteto Eugène Viollet-le-Duc no século XIX e que desabou no incêndio, podia ser observada através dos andaimes desde o final de novembro.

Segundo a Presidência francesa, "foi montada (...) a partir de desenhos de Viollet-Le-Duc. Trata-se de uma montagem extremamente especializada em madeira, revestida com uma camada de chumbo e acabada, no topo, por uma coroa, um galo e uma cruz de 96 metros" de altura.

Nesta quarta-feira, o galo ainda não estava visível acima da cruz. "Ainda não foi recolocado" no seu lugar, indicou o Palácio do Eliseu, especificando que o item será "abençoado" segundo a tradição católica "nos próximos dias, numa cerimónia" que acontecerá à margem da visita do chefe de Estado para a próxima sexta-feira.

"É um galo novo", informou a fonte, explicando que o antigo, que não pôde ser recuperado após o incêndio, será "exposto" num futuro museu.

Na semana passada, Philippe Jost, responsável pela reconstrução da catedral gótica, erguida entre os séculos XII e XIV, sinalizou que assim que o pináculo atingisse os 96 metros, seria "coberto de chumbo".