A Ryanair continua determinada a diminuir o número de atrasos nos seus voos que, segundo a própria companhia, se deve ao excesso de bagagem de mão que atualmente é transportada pelos aviões da empresa irlandesa.

De acordo com a agência Reuters, a partir do mês de novembro, as bagagens até 10 kg vão estar sujeitas a um pagamento extra, que irá oscilar entre os seis e os dez euros, um serviço que até agora era gratuito.

A Ryanair diz que esta alteração irá afetar apenas 40% dos utilizadores regulares da companhia, uma vez que grande parte já opta pela compra de bilhetes prioritários, que não estarão abrangidos por esta mudança. Para os portadores de bilhetes não prioritários, e que não queiram pagar este valor extra, poderão levar apenas uma mala pequena [35x20x20cm] para dentro da cabine, colocando-a debaixo do banco do passageiro da frente.

A empresa sediada em Dublin já veio afirmar que “não espera obter receita adicional com este medida, porque a verificação de uma mala de 10 kg no novo sistema é significativamente mais barata do que o custo atual para fazer check-in à mesma”.

Já no início deste ano, para combater o excesso de bagagem levada pelos passageiros, a Ryanair tinha alterado a política de bagagem, autorizando os passageiros com embarque prioritário a levar duas malas (a mais pequena e a de mão) consigo na cabine e os restantes a transportar apenas a mala pequena e obrigados a colocar a de mão no porão (de forma gratuita).

Em 2017, a Ryanair implementou o sistema de pagamento [entre os três e os seis euros por passageiro e por viagem] por reserva de lugares, fazendo com que as pessoas que queiram viajar juntas nos assentos tenham de pagar mais. Além disso, a empresa continua a sofrer sucessivas greves por parte dos pilotos, que continuam a reivindicar melhores condições, algo que afeta também a pontualidade dos seus voos.