Ainda assim, e fosse apenas por isso, Lamego merecia já uma visita! A escadaria que leva até ao Santuário é, de facto, monumental e imponente. Um passeio a ser feito calmamente para apreciar toda a arte e natureza que a rodeiam. Em cada patamar da escadaria, o Parque de Santo Estevão oferece descanso ao corpo, entre a densa vegetação, tão aprazível para os dias quentes de verão e desvenda belíssimos locais, entre lagos, coretos e grutas.

A subida é presenteada com lindos painéis de azulejos e, em cada área plana, elevam-se fontes, capelas, estátuas e obeliscos. No último patamar, de baixo para cima, conhecido como “Pátio dos Reis” destacam-se um obelisco de 22 metros de altura, sustentado por seres míticos e ladeado por dezoito estátuas.

A avenida Dr. Alfredo de Sousa, a Sé de Lamego e o Museu de Lamego são também eles pontos de interesse a não perder. Mas, deixamos o centro e fomos descobrir a Muralha do Castelo e os seus magníficos segredos.

Duas importantes notas: a simpatia de todos os funcionários nos locais visitados e o acesso gratuito. Não há desculpas!

A Muralha do Castelo de Lamego tem dois pórticos: a Porta dos Figos ou dos Fogos, a norte, e a Porta do Sol, a sul. A travessa e a travessinha do Castelo levam-nos até ao Castelo de Lamego e a sua torre de menagem, com cerca de vinte metros de altura. No interior é possível conhecer a história do Bairro do Castelo e ver armas medievais. Um passeio pelos muros circundantes da Torre possibilita avistar a paisagem, numa mescla de verde e obras de arte. 

Depois de passear pelo Castelo, impõe-se visita ao “Núcleo Arqueológico - Porta dos Figos”, um espaço onde vestígios romanos e suevo-visigodo se apresentam dispostos em camadas, com destaque para o tesouro monetário, as peças e objetos do quotidiano e um esqueleto. O espaço é pequeno, mas fascinante e a estrutura de vidro permite ao visitante andar sobre as escavações. Auxiliados pelo ecrã interativo e pela projeção multimédia é possível explorar a informação sobre o local e a sua mostra.

O mergulho ao passado não ficaria completo sem a visita à Cisterna de Lamego. Considerada “um dos melhores exemplares das cisternas portuguesas”, o local tem vinte metros de comprimento e dez de largura. É, de facto, um mergulho entrar na cisterna e ser acolhido pela sonoplastia que recorda os sons de outrora, poder ver as gravuras e marcas nas pedras, adivinhar o nível da água com o passar dos anos e reviver todo um passado. Também ela com um chão em vidro, permite ao visitante andar sobre as águas e deixar-se guiar pelas estórias por revelar em cada gravura, em cada pedra.

A Cisterna, o Castelo e o Núcleo Arqueológico compõem o Centro Interpretativo de Lamego, que merece, sem dúvida, uma visita.

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