“Não é um levantamento exaustivo, mas a equipa teve o cuidado de poder apresentar uma panorâmica do azulejo de Lisboa do século XVI à atualidade, sendo expressivo da variedade de azulejos que há em Lisboa e é muito apelativo em termos de imagem”, disse à Lusa a coordenadora do livro “Azulejo em Lisboa”, Teresa Bispo, da Direção Municipal de Cultura da Câmara de Lisboa.

O levantamento das peças apresentadas no livro foi feito por uma equipa da Direção Municipal de Cultura da autarquia, “composta por diversos historiadores que não só estudam como trabalham sobre os azulejos de Lisboa desde há vários anos na sua identificação, preservação, recuperação e salvaguarda”. “Azulejo em Lisboa”, a ser apresentado na quinta-feira, é editado pela Zest Books em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa.

Teresa Bispo destacou a “importância da divulgação do azulejo”, um património “importante que tem de ser salvaguardado”.

“Divulgar [através deste livro] é para nós também uma forma direta de sensibilizar”, referiu.

“Azulejo em Lisboa” traz de oferta um livro de percursos, que também pode ser adquirido por si só. “A perspetiva muda a perceção, o usufruto da imagem. As pessoas serão surpreendidas quando procurarem ver as peças ao vivo”, garantiu Teresa Bispo.

Dos vários percursos possíveis, no livro estão três: Baixa-Chiado, Bairro Alto e Parque das Nações.

Os dois primeiros mostram “a cidade antiga e consolidada” e “encostam um no outro”.

O terceiro traça uma rota “mais atual”, inclui “muitas propostas de azulejaria assinada” e serve como “contraponto” aos dois primeiros.

Apesar de trazer o encarte, o livro permite que pesquise determinado azulejo sem ter que se seguir uma rota, já que as legendas dizem sempre do que se trata (se é um revestimento de fachada ou um painel, por exemplo), a sua localização, a autoria (quando é conhecida) e a data aproximada de produção.

O livro, que será apresentado na quinta-feira às 18:00 no Museu de Lisboa, no Campo Grande, foi editado em três idiomas: português, inglês e francês.