Quando foi inaugurado em 70 dC, o Anfiteatro Flaviano, conhecido como Coliseu, tinha assentos para 50 mil pessoas e, no centro, um piso de madeira coberto de areia. Foi construído sobre um complexo subterrâneo com um labirinto de túneis secretos onde animais selvagens eram enjaulados. As multidões reuniam-se para assistir a gladiadores a lutar contra os animais ou entre si. As últimas batalhas foram travadas no século V, e a grande arena de gladiadores de Roma é agora uma das principais atrações da cidade.

O Coliseu está sem piso e o labirinto de túneis secretos, ou "hipogeu", está à vista dos visitantes há mais de um século, permitindo que milhões de turistas que visitam o Coliseu a cada ano o vejam de perto. Agora, o governo italiano prometeu a criação de um novo piso retrátil que restaurará o anfiteatro à sua glória da era dos gladiadores.

De acordo com a BBC News, os projetos arquitetónicos para a ambiciosa reforma devem ser entregues até dia 1 de fevereiro e as autoridades italianas esperam concluir o projeto até 2023. O Ministério da Cultura do país revelou que o piso redesenhado deve ser capaz de fechar rapidamente para proteger os espaços subterrâneos da chuva.

O novo piso permitirá ao público compreender plenamente "o uso e a função deste ícone do mundo antigo". Com o novo piso, eventos culturais, como produções de teatro e concertos, poderão ser realizados no Coliseu. “Será uma grande intervenção tecnológica que oferecerá aos visitantes a oportunidade não só de ver as salas subterrâneas, mas também de apreciar a beleza do Coliseu estando no centro da arena”, afirma o ministro da Cultura, Dario Franceschini.