Com restrições de viagem em todo o mundo para tentar conter a pandemia, o número de passageiros, que atingiu 1,8 milhão em 2020, retrocedeu aos níveis de 2003, longe dos 4,5 milh~es de 2019, citou a Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) em comunicado. "A queda na procura" continuará no presente trimestre, podendo agravar-se, apontou a agência, com sede em Montreal.

Em 2020, a queda no número de passageiros foi de 50% em voos nacionais e 74% em voos internacionais, que transportaram 1,4 milhão de pessoas a menos do que em 2019. As empresas sofreram um prejuízo acumulado de 370 milhões de dólares.

Os aeroportos e provedores de serviços de navegação aérea, por sua vez, tiveram prejuízos de 115 milhões e 13 milhões, respectivamente. Essa situação, segundo a Oaci, "coloca em dúvida a viabilidade financeira da indústria e ameaça milhões de postos de trabalho em todo o mundo". O mercado turístico mundial também foi severamente afetado, uma vez que metade dos turistas estão habituados a apanhar um avião para chegar ao destino.

A recuperação da indústria, possível no segundo trimestre, dependerá do êxito da vacinação, segundo a agência. Vários governos comprometeram-se a ajudar as empresas.

A Oaci observou que os voos domésticos resistiram mais às restrições do que os internacionais, principalmente na China e na Rússia, onde o número de passageiros internos voltou aos níveis anteriores à pandemia.