
Inicialmente disputada como uma prova de velocidade, a Mille Miglia foi descontinuada e posteriormente reinventada como uma corrida exclusiva para carros clássicos fabricados até ao ano de 1957. Hoje, o evento é um verdadeiro espetáculo de tradição e engenharia automóvel, reunindo entusiastas e colecionadores que celebram o charme e a história do automobilismo.
A história da Mille Miglia
A corrida foi idealizada por Aymo Maggi e Franco Mazzotti, dois entusiastas do automobilismo que queriam criar um evento que celebrasse a paixão pelos carros e a habilidade dos pilotos. Prova de resistência e velocidade, durante as suas primeiras edições, a Mille Miglia atraiu fabricantes como Alfa Romeo, Ferrari, Maserati e Mercedes-Benz. No entanto, após um trágico acidente em 1957, a corrida foi descontinuada como evento de velocidade, renascendo anos depois como uma competição apenas para carros clássicos, mantendo viva a sua essência e tradição.
O espetáculo da Mille Miglia hoje
Atualmente, a Mille Miglia é um evento que celebra a história do automobilismo. Apenas veículos fabricados até 1957 e que participaram das edições originais podem competir e o percurso da corrida segue a rota clássica, percorrendo cidades encantadoras e paisagens deslumbrantes, tornando-se num verdadeiro desfile de elegância sobre rodas.
Em cada edição, habitualmente realizada em junho, os fãns de motores podem chegar perto de automóveis raros e ver os carros icónicos a desfilar pelas ruas e estradas italianas, ao longo do trajeto Bréscia - Roma -Bréscia.
Nos últimos anos, o circuito que dura cinco dias, tem refeito as lendárias provas da pré-guerra, correndo num percurso em "oito" como o das primeiras 12 edições da prova de velocidade.
Os mais de 400 carros admitidos à prova partem de Desenzano (Bréscia) e passam por Sirmione, Verona, Bovolone e Ferrara, antes de terminarem o dia em San Lazzaro di Savena, na cidade metropolitana de Bolonha. No segundo dia, as equipas seguem para Passos Raticosa e Futa. Depois passam por Prato e Siena e continuam em direção a Roma antes de seguirem novamente para norte.
Após a volta em Roma, a corrida segue por Orvieto, Foiano della Chiana, Arezzo e San Sepolcro. O regresso a San Marino precederá a chegada da terceira etapa em Cervia-Milano Marittima. No quarto dia, a corrida mais bonita do mundo atravessa toda a Itália de leste a oeste: partindo de Cervia, a 1000 Miglia passa por Forlì antes de atravessar os Apeninos até Empoli, onde a rota ascendente cruza a rota de descida feita dois dias antes, em direção a Roma.
Seguindo para oeste, os carros chegam a Pontedera e depois à costa do Tirreno com uma passagem pela Academia Naval Italiana em Livorno; a subida continua por Viareggio e pelo Passo Cisa para acabar a penúltima etapa em Parma, antes do regresso a Brescia.
A Mille Miglia não é apenas uma corrida, mas uma celebração da arte, da engenharia e da paixão pelo automobilismo. Durante o evento milhares de espectadores reunem-se nas ruas, observando de perto os automóveis clássicos, tirando fotografias e falando com os propretários dos veículos. O ambiente de festa e alegria é único. Para quem adora carros, é uma experiência imperdível!
Se vai visitar Itália em junho e tem interesse em ver esta prova clássica, consulte as datas e o percurso no site oficial da prova 1.000 miglia
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