O pão doce típico de Santa Maria da Feira tem mais de cinco séculos de história documentada e distingue-se logo à partida pelo seu formato com quatro saliências, inspirado nos coruchéus das torres do Castelo que é o ex-libris do município. A fogaça fez-se iguaria tradicional por ser oferecida a São Sebastião em troca de proteção contra a peste bubónica e hoje há quem também a considere um amuleto contra a COVID-19.

Superstições à parte, o facto é que, após uma seleção conduzida pela associação de produtores local, os clientes da Comuniti podem agora receber fogaça certificada em 48 horas, seja como mimo especial de uma Páscoa confinada ou como iguaria cujas harmonizações gastronómicas foram já longamente testadas – e aprovadas – por especialistas.

Com a inclusão desta iguaria no seu catálogo de bens alimentares, o supermercado online com distribuição em todo o país reforça a sua estratégia de apoio à produção nacional e regional, dinamizando o acesso do consumidor a uma especialidade com uma longa traição histórica e cultural, e uma sólida reputação gastronómica.

“Testámos a fogaça em vários contextos e podemos garantir que o produto mantém todas as suas qualidades no processo de entrega, que, em território continental, poderá ser de 24 a 48 horas”, afirma Rui Adrego, cofundador da Comuniti. “Esperamos que, com a introdução deste novo produto, possamos enriquecer a experiência de compra dos nossos consumidores, sobretudo num período como o atual, em que a Páscoa se vai celebrar com menos gente à mesa e há que descobrir novos prazeres para se manter o otimismo e elevar o ânimo familiar”, acrescenta

A introdução da fogaça na oferta da Comuniti partiu da iniciativa da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, que apelou a que o doce mais emblemático do território passasse a ser comercializado nessa plataforma de e-commerce. Emídio Sousa, presidente da autarquia, diz que a parceria com o novo canal de vendas online se proporcionou “de forma natural” no âmbito da estratégia de promoção da gastronomia do município: “Já temos uma longa experiência na divulgação da fogaça e sabemos que é um produto que vai agradar a todos, não só pelo seu paladar e textura, mas também pelo seu simbolismo histórico”, garante o autarca.

A seleção do fabricante que irá dar resposta à procura diária deste pão doce acastelado envolveu o Agrupamento de Produtores de Fogaça da Feira, que reuniu um exemplar de fogaça confecionado por cada fabricante. Depois, foi realizada uma prova-cega para identificação que reunia mais consenso em diferentes critérios, entre os quais sabor, textura, aparência, acondicionamento e resistência a transporte de médio e longo curso. A fogaça escolhida estará agora à venda a 5.99 euros na versão de 500 gramas e a 7.99 no formato de um quilo.

Fernando Moreira, presidente do referido Agrupamento de Produtores, garante que a fogaça sabe bem em qualquer dia do ano e deixa, por isso, algumas recomendações: deve ser cortada com as mãos para se preservar a disposição espiralada da massa, combina bem com queijo da serra amanteigado e “desliza ainda melhor com um bom cálice de vinho do Porto”. Mesmo alguns dias depois de ser aberta, “é uma delícia torrada com manteiga” e pode até servir de base a um pudim ou tiramisu. O porta-voz dos produtores não acredita, contudo, que essas receitas se tornem frequentes. “Ninguém resiste tanto tempo a uma fogaça”, garante.

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