“Temos de acelerar esse processo, sobretudo para definir o que é que vai ser para cada um dos espaços”, afirmou Aurélio Ferreira aos jornalistas, após uma reunião, na Marinha Grande (distrito de Leiria), do Observatório do Pinhal do Rei, que coordena, onde esteve, também, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino.

Segundo Aurélio Ferreira, desde 1999 “até agora nada aconteceu”, embora tenha havido "várias evoluções", explicando que, “há dois, três anos”, o Parque do Engenho, para onde está projetado o espaço, “foi entregue ao Fundo Revive Natureza”, que tem por objetivo a requalificação, recuperação e valorização de imóveis públicos devolutos para fins turísticos.

De acordo com o seu sítio na Internet, o Fundo é gerido pela Turismo Fundos e participado pelo Estado, pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pelo Turismo de Portugal.

O autarca explicou que numa reunião com o Fundo, ao qual foi apresentada a ideia de projeto para o museu, lhe foi transmitido que o espaço é da responsabilidade do Fundo “e não do ICNF”.

“Há uma questão importante que é perceber naquelas 11 edificações que estão dentro do Parque do Engenho o que é que está destinado a quê”, declarou o presidente da Câmara, referindo que, neste momento, o Fundo Revive “entregou um” dos espaços – “o que estava em melhores condições” - à Academia do Resineiro.

Para Aurélio Ferreira, “o Museu da Floresta não tem de ser só e apenas naquele espaço”, mas “pode ser em polos diversificados na própria floresta”.

“É preciso é que nós possamos ser parceiros na discussão com o que se vai fazer ali. Até agora não fomos. Começámos agora”, defendeu, reconhecendo que a Câmara ainda não apresentou projeto para o futuro museu.

“Estamos, neste momento, em condições de dar esse primeiro passo”, afiançou.

Antes, o secretário de Estado garantiu que “o Governo tem o espaço do Engenho que está uma parte dele previsto para a realização do museu”.

“O projeto terá de ser liderado pela autarquia e pelos marinhenses. Ao ICNF não compete, nem tem vocação, para gerir espaços museológicos”, apontou, assegurando que o executivo entregará todo o acervo da ex-Direção-Geral de Florestas à autarquia, que cederá o espaço gratuitamente e que apoiará financeiramente esse projeto”.

À pergunta quando é que o Governo vai ceder o espaço e quando é que vai dar o apoio financeiro ao Município da Marinha Grande, João Paulo Catarino respondeu: “Quando houver um protocolo, quando houver, no fundo, um projeto”.

Fotografia: Paulo Cunha/LUSA