Quando falamos de destinos seguros para o público LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Queer, Intersexuais, Assexual e outros), é necessário levar em conta uma série de fatores, entre eles, a estratégia de políticas públicas para a não discriminação e segurança nas ruas. Durante o mês, realiza-se em Portugal e no restante do mundo vários protestos e comemorações sobre o tema. Os eventos enaltecem a luta dos membros da sociedade na celebração do amor, da liberdade de amar e a de expressão. A comunidade LGBTQIAP+ sofre diariamente com o preconceito e agressões por parte de parte população que ainda não compreende a causa.

Foi com base em seis critérios que a empresa de turismo Park Sleep Fly elaborou um ranking com os países ideais para o público LGBTQIAP+. Alguns fatores avaliados foram as políticas antipreconceito, qualidade e segurança dos alojamentos (no caso dos turistas) e variedades de bares e vida noturna para o público. Lisboa garantiu o primeiro lugar, com uma pontuação de 7,35 valores em 10, já o Porto está em segundo lugar, com uma pontuação de 6,98.

Conheça, a seguir, o ranking completo das sete melhores cidades para o turismo LGBTQ+.

1. Lisboa (Portugal): Lisboa é conhecida por ser uma cidade gay-friendly, sobretudo depois de 2010, quando Portugal tornou-se o sexto país europeu a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O clima agradável, as belezas naturais, as praias, a cultura e as peles morenas são excelentes atrações para o turista LGBT. Há eventos e festas para este público; o maior é o festival de cinema Queer Lisboa em setembro, e há sempre o Arraial Pride em junho.

O Arraial Lisboa Pride, que acontece este ano a 24 de junho, é o maior evento comunitário e associativo LGBTQI+ em Portugal e desde 1997 dá visibilidade à população lésbica, gay, bissexual, transexuais e intersexo, num momento político de celebração de orgulho na igualdade que decorre na principal praça da cidade de Lisboa.

2. Porto (Portugal): Durante todo o mês, diversas festividades colorem as ruas de Portugal, a oferecer amor, felicidade e o respeito que a comunidade LGBTQIAP+ pede. Nesse mesmo período, em diversos países, ocorrem as “Marchas do Orgulho”, e em Portugal não poderia diferir, com duas grandes festas para toda a população.

Parada Pride
Junho é o mesmo da luta pelos direitos LGBTQIAP+ créditos: Ian Taylor / Unsplash

3. Colónia (Alemanha): Uma das cidades mais ecléticas da Alemanha, Colónia abriga uma das maiores comunidades homossexuais da Europa. Conhecida como “capital gay da Alemanha”, conta com equipas desportivas LGBT e várias associações, as quais marcam presença, anualmente, na agitada parada do orgulho LGBT, a Cologne Pride (CSD), realizada desde 1991, na primeira quinzena de julho. No fim do ano, há o Christmas Avenue, mercado de Natal direcionado à comunidade homossexual, localizado na passagem entre a Schaafenstrasse e a Rudolfplatz.

4. Brighton (Reino Unido): Ao sul de Londres, a 30 minutos de autocarro, Brighton é um local popular e gay-friendly. Os seus bares e discotecas são frequentemente visitados por muitas pessoas vindas de Londres. Sempre em agosto, a Gay Pride atrai multidões de todo o Reino Unido. Em 2015, o evento completou 25 anos de vida e é um dos grandes destaques de Brighton.

5. Amesterdão (Holanda): Amesterdão é muito gay-friendly. Na verdade, a cidade é considerada uma das mais amistosas do mundo para a comunidade LGBTQIAP+. A Holanda é um país de cultura liberal, com posição de liderança na luta pelos direitos dos homossexuais.

6. Bristol (Reino Unido): Pode-se dizer que Bristol tem dois bairros gays: Old Market e West End. Ambos estão próximos do centro, mas meio distantes entre si. Ou seja, a melhor ideia é separar uma noite para explorar cada um deles.

7. Dublin (Irlanda): A Irlanda, cada vez mais, tem sido reconhecida como um destino LGBTQIA+. Isso porque, antes um país católico conservador até os anos 1990, hoje a República celebra a comunidade com projetos diversos, programas governamentais, com uma gama de multinacionais operando no país, que prima pela multiplicidade cultural.

Por: Maicon Paiva, fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar