Quem pode dizer que não passeou, pelo menos uma vez na vida - confortavelmente sentado no sofá - pelas ruas da Big Apple? 
A cidade deu origem a personagens fictícias tão diversas quanto o melting pot que está na sua génese. De mafiosos a intelectuais, de artistas a detetives, de super-heróis a mutantes, muitos são os que podemos encontrar nos livros de Truman Capote ou Paul Auster, nos desenhos de Stan Lee ou nos filmes de Woody Allen, Martin Scorsese ou Francis Ford Coppola.

Viajar até Nova Iorque e vivenciar a cidade sem filtros, por nós próprios, é, contudo, uma experiência diferente. 
Ao longo dos anos, visitei esta cidade muitas vezes e descobri, repetidamente, um lugar cheio de energia e diversidade.

É uma cidade de infinitas possibilidades, que representa diferentes coisas para diferentes pessoas. Para mim, o que mais a distingue e me leva sempre a voltar, é a arte - todo o tipo de arte - que parece emanar de cada avenida, ruela ou beco da cidade.

Pintra mural em nova iorque
créditos: Pxhere

Uma população grande e culturalmente diversificada, a viver em condições de proximidade, numa cidade fortemente congestionada, criou o terreno fértil de onde, no século XX, surgiram  oportunidades únicas de colaboração e exploração artística. A lista de artistas inovadores que saíram de Nova Iorque e definiram uma época é longa e variada.

O que acontecia em Nova Iorque  espalhava-se rapidamente pelo resto do país, e mais tarde pelo mundo.
Hoje, ainda que em menor escala, Nova Iorque continua a ser, no campo das artes, uma colmeia de atividade frenética. Está cheia de artistas incríveis, que animam e enriquecem com eventos culturais a vida dos seus moradores e dos muitos turistas que visitam a cidade. Como repositório de boa música, dança, teatro e arte, Nova Iorque — pelo menos ao nível da quantidade oferecida — não tem rival.

Das luzes brilhantes dos espetáculos da Broadway aos palcos reverenciados do Lincoln Center e do Carnegie Hall, das belas Rockettes do Radio City Music Hall até aos trabalhos de vanguarda realizados no BAM (Brooklyn Academy of Music), do Metropolitan Museum of Art até ao MoMa (Museum of Modern Art), do jazz do Harlem ao rap do Bronx, do Metropolitan Opera ao Cafe Wha?, Nova Iorque continua a ser um dos centros culturais urbanos mais diversificados e ricos do mundo.

Times Square, Nova Iorque
créditos: The Travellight World



As principais áreas de entretenimento ficam no Theater District - que engloba a  famosa Broadway e Times Square - e no Lincoln Center for Performing Arts, no Upper West Side. 
A maioria dos teatros está localizada nos quarteirões entre a 41st Street e a 53rd Street, mas há muitos teatros, denominados off-Broadway, espalhados por toda a Manhattan.

As produções da Broadway e off- Broadway obtêm a maior parte da atenção, mas para ter uma noção real da variedade e da diversidade do teatro em Nova York é preciso olhar para as produções menores, conhecidas como off-off Broadway. É aí que encontramos muitas das peças mais desafiadoras e originais da cidade, e onde podemos ter uma visão de futuras estrelas tanto no campo da escrita como na direção e atuação. Além disso, estes espetáculos da off-off Broadway, ao contrário dos da Brodway e off-Brodway, tendem a ser bastante acessíveis no preço.

Lincoln Center, Nova Iorque
créditos: The travellight World

O Lincoln Center é o palco principal da cidade. É aqui que se apresentam (entre outros) o New York City Ballet, a New York Philharmonic e a Metropolitan Opera.

A cidade que nunca dorme tem também alguns dos melhores museus e galerias de arte do mundo.
O clássico não pode deixar de ser visto e o Metropolitan Museum of Art deve ser a primeira paragem para qualquer amante de arte recém-chegado à cidade. Com uma gigantesca coleção permanente, o Met vale uma visita, ou duas, para ver tudo o que tem para oferecer. No verão, podemos subir até ao último piso onde encontramos um terraço com uma vista fantástica do Central Park e da cidade.

Metropolitan Museum, Nova Iorque
créditos: Pxhere

O Museu Guggenheim, com o seu design maravilhoso, é por si só uma obra-prima arquitetónica. Lá dentro as obras e instalações de Arte Contemporânea estão expostas ao longo de um original corredor circular que os visitantes podem percorrer e subir devagar.

O Guggenheim realiza um evento sazonal chamado Art After Dark, que permite aproveitar o museu depois do horário normal, ao som de música e com um cocktail na mão. Tem de se ficar atento ao site oficial do museu para não perder as datas do evento.

Tecto do Museu Guggenheim, Nova Iorque
créditos: The Travellight World

O MoMa é outra paragem obrigatória. Fazem parte da colecção do Museu obras-primas como "Les Demoiselles d'Avignon", de Picasso; “Water Lilies”, de Claude Monet; ou obras de Andy Wharol e pinturas surrealistas de Dali. Uma refeição no maravilhoso restaurante do MoMa pode ser a forma ideal de terminar uma visita a este espaço.
Destaco ainda The Whitney, um museu que alberga obras de Georgia O'Keefe e Edward Hopper e algumas excelentes exposições temporárias; o Centro Internacional de Fotografia (ICP), que a par de fantásticas exposições de fotografia oferece workshops sobre o tema; e o Museu de Brooklyn, que tem uma coleção eclética com um pouco de tudo — escultura, arte moderna, arte africana, pinturas, etc.
O Museum Hack Tour é perfeito para quem procura uma forma completamente diferente de experienciar a arte em Nova Iorque. Estes divertidos tours incluem histórias “picantes” e pouco conhecidas sobre a arte, atividades nas galerias, selfies e às vezes até vinho!

O jazz não nasceu em Nova Iorque, mas evoluiu e floresceu no Harlem. Artistas lendários como Duke Ellington, Louis Armstrong, Billie Holliday, Dizzy Gillespie e Miles Davis tocaram neste bairro. Agora, depois de décadas de declínio, o Harlem é mais uma vez um destino cultural apetecido onde prosperam excelentes clubes como o Minton's Playhouse ou o Bill's Place. Quem gosta do género não pode deixar de passar por aqui uma noite.

Clube de jazz em Nova Iorque
créditos: punchdrink.com

Um tour pelo Lower East Side (LES) - SoHo, NoHo, Nolita e Little Italy, também vale a pena. É uma excelente maneira de conhecer o que se faz a nível de street art em Nova Iorque.
 

Grafitti em Nova Iorque
créditos: The Travellight World

Há mesmo muito para ver e descobrir na cidade que nunca dorme, por isso aproveite os voos para Nova Iorque da TAP  e parta já à descoberta!

Texto: The Travellight World