Mais tropical é impossível. Belém é tão quente quanto chuvosa. Perfeita para umas férias em qualquer altura do ano, a época entre junho e novembro é a indicada para quem não se quer molhar durante os passeios. Outubro é um dos meses mais animados, graças ao Círio de Nazaré, a maior procissão do Brasil que atrai cerca de dois milhões de visitantes todos os anos. Já em maio a cidade recebe os amantes da gastronomia para o festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, evento durante o qual chefs de todo o país preparam iguarias com ingredientes regionais.

Cidade Velha

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Cayambe/CC BY-SA 3.0

Passear por esta zona da capital do Pará é viajar até ao passado, mais precisamente até aos séculos XVII, XVIII e XIX. Aqui a herança portuguesa marca presença através das antigas casas coloniais. Os azulejos são outro detalhe a que vale a pena prestar atenção. Não deixe ainda de reparar nas portas coloridas, que criam um ambiente único e especial.

Theatro da Paz

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Luciano Santa Brígida /CC BY 2.0

Da autoria do engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães, a sala de espetáculos, inspirada no Teatro Scalla de Milão abriu portas em 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, fase de grande crescimento económico da região amazónica. Com mil e cem lugares, acústica perfeita, lustres de cristal e outros imponentes elementos decorativos, é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil, tendo o estatuto de Teatro-Monumento.

Estação das Docas

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Fernando Dall'Acqua/CC BY 2.0

A antiga zona portuária na Baía do Guajará foi recuperada e deu origem a uma área de lazer. Mantendo a estrutura de ferro de origem inglesa, é agora um local de paragem obrigatória para almoçar, jantar ou simplesmente fazer uma pausa num dos muitos cafés. A Estação alberga ainda vários espaços dedicados à cultura e à moda e é frequentemente palco de eventos.

Mangal das Garças

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Celso Abreu/CC BY 2.0

Este é um dos passeios favoritos de quem visita a cidade, ou não fosse uma amostra de tudo o que a Amazónia tem para oferecer. Em plena zona urbana, o parque alberga diversas espécies de aves, como as garças que lhe dão nome ou os flamingos, que todos os dias aqui param para procurar alimento nos seus lagos. Perfeito para um dia em família, está recheado de atrações para os mais pequenos e permite ainda aceder a uma vista fantástica sobre a cidade do topo do Farol de Belém. Entre os spots imperdíveis do Mangal estão ainda o borboletário, o viveiro e o deck à beira do rio Guamã, de onde vale a pena assistir ao pôr do sol e assistir à refeição das garças que aqui chegam ao final da tarde.

Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Fernando Santos Cunha Filho/CC BY-SA 4.0

Um dos mais importantes monumentos da cidade, é aqui que chega o Círio de Nazaré depois de percorrer as ruas de Belém, desde a Catedral, no segundo domingo de outubro. A primeira procissão ocorreu em 1793, mas tudo começou em 1700 quando o caboclo Plácido José de Souza encontrou uma pequena imagem da Senhora de Nazaré no local onde hoje se encontra a basílica. Construiu então ali uma pequena capela que viria a dar lugar a uma igreja. Em 1909 arranca a construção da basílica que é inaugurada em 1923. Os visitantes aproveitam a vinda a este local para fazerem pedidos e promessas, amarrando as famosas fitinhas nas grandes da Praça Santuário de Nazaré (em frente à basílica), ao estilo do que acontece na Igreja de Nossos Senhor do Bomfim, em Salvador.

Mercado Ver-o-Peso

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Mauricio Mercer/CC BY-SA 2.0

Outro ponto turístico muito conhecido da cidade, foi considerado uma das sete maravilhas do Brasil. Junto à Estação das Docas reúne diversos pontos de venda, onde as cores e os sons só por si já valem a visita. Durante a festa do Círio de Nazaré o local transforma-se num enorme restaurante. Da ementa faz parte a maniçoba, um dos pratos mais procurados tanto por moradores como por visitantes. Feita à base de folha de mandioca – tóxica e letal – precisa de ser fervida durante sete dias e sete noites antes de servida. O seu caldo escuro e grosso, com linguiça, paio e carne de porco, lembra muito a feijoada. Muito popular é ainda o pato no tucupi.

MARAJÓ

Belém: entre a herança colonial e a Amazónia
créditos: Jorge Brazilian/CC BY-SA 2.0

Porta de entrada para a Amazónia, Belém tem bem perto uma série de ilhas. A não perder é o arquipélago de Marajó, banhado pelos rios Amazonas e Tocantins, bem como pelo Oceano Atlântico. Para aqui chegar basta apanhar um dos barcos turísticos que partem da cidade. À espera terá muito sol, matas, praias e uma enorme diversidade de espécies, entre as quais búfalos, aves e peixes.

Tradição, religiosidade e natureza tornam Belém um destino a ter em conta. Faça a sua reserva com a TAP e deixe-se conquistar pelo Brasil em todo o seu esplendor.