1. Marcar voos e hotéis que sejam completamente reembolsáveis ou com possibilidade de mudança gratuita para outra data.

Por muito tentador que seja marcar o voo mais barato, neste momento, com tanta imprevisibilidade, há uma grande probabilidade de tudo mudar a dias do voo: fecho de fronteiras, teste positivo, etc., e perder todo o investimento feito na viagem.

É também muito importante escolher companhias aéreas de confiança e com quem é possível estabelecer uma boa comunicação caso haja problemas.

2. Não comprar voos em agências online agregadoras de voos mas sim diretamente nas companhias.

Ou seja, pesquisar os voos em sites como a Skyscanner ou Momondo, mas marcar diretamente nas companhias aéreas, mesmo que as tais agências tenham preços mais baixos. É que caso haja problemas é muito difícil entrar em contacto com essas empresas e o pedido de reembolsos pode tornar-se um pesadelo porque nesse caso, em regra, não dá para pedir diretamente na companhia aérea. Ou então optar por agências de viagens tradicionais, ou seja, com um espaço físico.

3. Escolher voos diretos. Quando isso não seja possível comprar as escalas com a mesma companhia e optar por fazer escala na Europa.

Os voos diretos serão sempre a melhor opção, mas a existir escala que seja na Europa. No caso de existir algum problema, vivendo na Europa, é muito mais fácil regressar a casa a partir de outro país europeu, até porque existem outras opções de transporte como o comboio ou carro caso algum voo seja cancelado.

4. Ter muita atenção às regras relativamente aos testes COVID-19, nomeadamente quanto ao tipo, idade e à possível necessidade de teste na escala / trânsito. Verificar que tipo de teste à COVID-19 é exigido.

Para quem viaja com crianças ver bem a questão da idade a partir da qual é exigido teste - não esquecer que Portugal é um dos poucos países do mundo a exigir teste a crianças a partir dos 24 meses de idade.

Não esquecer de verificar se é necessário fazer teste para a escala. Ou seja, pode não ser necessário teste para o destino final e ser necessário na escala. Por exemplo, Portugal, neste momento, é um dos poucos países que exigem teste quando se faça escala no país mesmo que não se saia da zona internacional e mesmo que o destino final não o peça.

5. Considerar comprar seguro de viagem/saúde. Particularmente, um que cubra despesas no caso de testar positivo em viagem e sejam necessários cuidados de saúde ou, no caso de impossibilidade de regressar a casa na data prevista, que cubra as despesas de estadia.

6. Pesquisar as restrições de viagem num site fidedigno e, depois dessa primeira pesquisa, confirmar diretamente nos sites oficiais do país a visitar.

Há vários sites úteis para pesquisar se o país está aberto a visitantes, se é necessário teste à COVID-19, se exige quarentena, etc.

Para a Europa o melhor é utilizar o Reopen EU

Para o resto do mundo: Kayak, Skyscanner ou a app Tripset, que existe para produtos Android e Apple, e é provavelmente o meu favorito e o que considero mais fidedigno.

Estes meios de pesquisa são, naturalmente, apenas uma primeira abordagem para terem um “grande plano” sendo necessário ir depois ao site oficial do país a visitar confirmar as informações que recolheram.

7. Mesmo depois de marcar viagem, continuar a verificar diariamente se as restrições de viagem sofreram alterações.

Tudo muda a um ritmo alucinante nos dias que correm, e o que era verdade quando marcaram a viagem pode deixar de o ser num piscar de olhos. Por isso convém verificar diariamente nos sites oficiais se algo mudou em matéria de restrições e não ficar a contar que a companhia aérea ou agência de viagens vos avisará. São vocês que não conseguirão viajar caso algo mude por isso não confiem e verifiquem.

8. Estar preparado para um cenário de teste positivo no regresso a casa. Não quero que leiam este último ponto como um desincentivo a viajar, não o é, mas tão só como um lembrete de que nestes tempos é necessário planear e ponderar vários cenários.

Tendo em conta que a maior parte dos países exige teste negativo para regressar a casa é necessário estar preparado para o pior e considerar que podem passar semanas até testarem negativo e poderem regressar. Não esquecer que de momento, em regra, não basta alta médica, mas teste PCR negativo.

Pensem de antemão em como vão gerir o (não) regresso ao trabalho, se viajarem com crianças ou se as tiverem em casa de familiares ou amigos, como é que vão gerir a situação, nomeadamente em termos escolares.

Calculem também as despesas extra com estadia e possíveis cuidados médicos, casos não tenham um seguro que cubra estas circunstâncias.

Nota final: este artigo é completamente neutro e não pretende incentivar ou desincentivar qualquer tipo de viagem. A decisão, como em quase tudo na vida, dependerá de cada um e, claro, das restrições legais do momento.

As informações contidas no artigo foram verificadas à data em que foi escrito.

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Artigo originalmente publicado no blogue Mundo Magno

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