1. Na saída do aeroporto/ferry. Vai precisar de apanhar um táxi?

Negociar o preço do percurso. Mas acima de tudo deixar bem claro ao taxista que não pode parar mais vezes para apanhar outros passageiros no caminho. Tenha a certeza que ele percebeu.

O que pode acontecer é: sentar no táxi duas pessoas e, no fim da viagem, à porta do hotel, saem cinco pessoas, o taxista, uma galinha, oito malas de viagem e outros tantos sacos de plástico cheios de coisas. O preço é o mesmo. Mas o conforto... dá para imaginar.

2. Se vai alugar carro ou autocaravana

Respeitar 150% as regras de limite de velocidade nas estradas. No meio do “deserto”, salta um polícia detrás de uma duna com uma pistola de velocidade e, por 3km/h excedidos, eles já multam. Não há tolerância e tem de pagar na hora.

Abasteça sempre com gasolina/gasóleo da melhor qualidade que o posto tiver. A mais barata não se sabe do que é feita.

Marrocos
créditos: Pixabay

3. Regatear é uma arte

Para quem não gosta, tem vergonha ou não tem paciência, tenha em mente sempre: é um hábito cultural. Respire fundo e pense que não quer fazer uma compra com o sentimento de ter sido roubado.

Os marroquinos perseguem os turistas na rua da sua lojinha, perguntam de onde são e, nem que fossem do Alasca, eles encontram um motivo qualquer para fazer conversa e tentarem levar as pessoas a sua loja.

Já na loja, é melhor não olhar mais de um segundo para um objeto. Olharam três segundos? Já foram! Vão ser vencidos pelo cansaço, porque eles têm uma vida inteira de prática nesta arte e nós não temos a mínima hipótese.

É cansativo para quem não gosta.

Nós antigamente não gostávamos nada, mas, hoje em dia, adoramos. É como um jogo. Um começa com um valor exorbitante e o outro oferece um valor irrisório e ficamos nisto até se achar um valor pacificador de empate. E ficamos amigos.

Marrocos
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4. Parquímetros humanos

Qualquer 10m quadrados de terra batida tem um marroquino com um colete refletor amarelo, que diz sempre trabalhar para o governo, cujo trabalho é cuidar dos carros dos outros. Por 10 MAD cuidam do nosso, todo dia (cerca de 0,95€).

5. O chá de menta

O chá marroquino é maravilhoso. E doce. Mas se achar que não está suficientemente doce e quiser açúcar, é isto que vai receber: uma pirâmide de açúcar para raspar a quantidade que quiser.

6. As fotografias pagam-se

O homem com as cobras enroladas no pescoço? Um outro vende uma pilha de dentes humanos (ou não)? Um lagarto gigante? Um macaco engraçado? Se eles virem uma máquina fotográfica na mão do turista, vão pedir dinheiro. E o montante vai depender do nosso aspeto no momento.

Se optar por dizer que não quer tirar fotografias, prepare-se para ser perseguido vários metros até aceitar pegar na cobra fedorenta. Mais vale pagar, acredite.

Marrocos
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7. Talhos a céu aberto e animais

Num lugar onde o calor é asfixiante no verão, onde as senhoras circulam com vestidos até aos pés, mangas compridas e lenços da cabeça ao pescoço e nos parecem muito inadequadas ao ambiente, mas estão só no seu integradas na sua cultura. O talho está, tal como as pessoas locais, em total harmonia com a cultura e religião.

Os camelos cheiram mal e é horrível andar montado neles.

As cabras comem em grupo todas ao mesmo tempo penduradas nos ramos das árvores.

Marrocos
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8. Alegria de criança

Ao passar por localidades pequenas ou mesmo à beira das estradas poeirentas, há imensas crianças que estão ali horas a fio. Parecem fazer parte da paisagem.

Mas ao ver passar os carros e, especialmente as autocaravanas, começam a sair de todo lado e a correr de encontro aos turistas. Vale a pena levar uns sacos de rebuçados ou lápis de colorir, são pequenas coisas que não têm e, garantimos, enche o coração vê-las tão felizes.

Leia também: Marrocos de autocaravana - roteiro de 6 dias

9. Postal turístico

Há lugares maravilhosos em Marrocos. Mas a maioria das cidades e, principalmente, aldeias, são pobres. Não espere ruas limpas e arranjadas, tipo postal turístico.

Marrocos
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10. A melhor comida

Não há bebidas alcoólicas a venda fora das zonas turísticas. Como em qualquer país muçulmano.

A melhor comida é a vendida à beira da estrada. As senhoras começam a fazer os tajines de manhã cedo e por volta do meio dia ainda borbulham. A carne desfaz e o sabor é incrível.

Para terminar, aprenda a saudar com um "Salam Aleikum", que é o nosso "Fica com Deus" e serve de cumprimento à chegada. "Alem come Salam", "Deus te acompanhe", é a resposta. E já recebem um sorriso.

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Artigo originalmente publicado no blogue Onde andam os Duarte?