Escolher o destino

A primeira dica parece óbvia, mas calma. Há muita gente que escolhe a próxima viagem consoante os preços dos voos, por exemplo. Nós metemos na cabeça que queríamos conhecer a Tailândia e ninguém nos tirava isso da cabeça. Sabíamos que queríamos viajar em Novembro, como tal, seis meses antes já andávamos a ver os preços dos voos. O melhor truque é criar alertas de preço nos motores de busca. Assim sendo, criámos um alerta no site da momondo, para as datas que queríamos viajar. Sempre que os preços baixavam, enviavam-nos um email.

Mas vamos lá a contas. Normalmente, uma viagem de ida e volta de Portugal à Tailândia custa entre 500€ a 700€. Nós comprámos a 495€ cada, ida e volta. Achámos um valor muito bom e nem pestanejámos aquando a compra. Viajámos pela companhia aérea Lufhtansa, de Lisboa a Bangkok, fazendo escala em Frankfurt.

Burocracias

Depois dos voos comprados, chegava a parte mais “chata” da viagem. Felizmente, existe isenção de visto para cidadãos portugueses e para cidadãos brasileiros (estadias até 30 dias para entradas através dos aeroportos internacionais e até 15 dias para entradas por terra).

Assim sendo, é apenas necessário passaporte com validade superior a 6 meses. Os cidadãos brasileiros precisam ainda de comprovativo de vacina contra a febre amarela.

Outro dos pontos a tratar foi fazer um seguro de viagem, algo que recomendamos sempre, e marcar uma consulta do viajante. Não existe nenhuma vacina obrigatória para viajar para a Tailândia, excepto a da febre amarela para cidadãos brasileiros. Ainda assim, é recomendável fazer a consulta do viajante antes de ir.

Escolher as cidades a visitar

De acordo com a duração da viagem, tivemos de ajustar o roteiro às cidades que queríamos visitar. A Tailândia é um país enorme, com uma cultura riquíssima e com praias de perder o fôlego. Como tal, montar um roteiro neste país não é tão fácil quanto parece. De relembrar, que dois dias são ‘perdidos’ em viagem.

A cidade de entrada no país foi Bangkok, como tal, era por aí mesmo que iríamos começar. Tínhamos no total 14 dias para explorar a Tailândia e o roteiro escolhido foi:

  • Bangkok – 3 dias
  • Chiang Mai – 4 dias, sendo que num visitámos Chiang Rai
  • Koh Phi Phi – 3 dias
  • Railay Beach – 4 dias

Basicamente ficámos uma semana nas cidades e uma semana na praia.

Comprar voos internos

Depois de muito pesquisarmos os locais que queríamos visitar, chegara a hora de comprar os voos internos. Mais uma vez, criámos alertas de preços nos motores de busca. Comprámos os voos com três meses de antecedência. Há quem diga que comprar mais em cima das datas, fica mais barato. Por curiosidade, um mês antes da viagem voltámos a ver os preços para os voos que tínhamos comprado. Estavam praticamente todos o dobro do preço.

Existem várias companhias tailandesas que oferecem os mesmos trajetos: Thai Airways, Bangkok Airways, Thai Smile e ainda as low cost, Air Asia, Nok Air e Thai Lion Air.

Antes de comprar a viagem de qualquer voo interno, é importante considerar se irá precisar de despachar bagagem. Isso influencia muito na hora da escolha. Às vezes o bilhete pode ser muito barato, mas o valor a pagar pela bagagem é alto. Outras companhias aéreas podem oferecer bilhetes mais caros, mas já com o despacho de malas incluído. Ainda assim, saiba que comprando com alguma antecedência, os voos internos são relativamente baratos.

Depois de alguma pesquisa, optámos por:

  • Bangkok – Chiang Mai , pela Vietjet Air. Há quem faça esta viagem no comboio noturno. Normalmente sai mais em conta.
  • Chiang Mai – Phuket , pela Bangkok Airways. Era a forma mais barata de chegarmos ao destino final: as ilhas Phi Phi.
  • Krabi – Bangkok , pela Thai Airways.

Reservar o alojamento

Depois de sabermos exatamente as datas que estaríamos em cada local, reservámos, pelo Booking, os hotéis. Basicamente, lemos os comentários de quem já se hospedou nos hotéis e escolhemos consoante o nosso orçamento. Então:

  • Bangkok – Khaosan Green House Hotel e OYO 140 The Krungkasem Srikrung Hotel
  • Chiang Mai – The Royal Guest House
  • Koh Phi Phi – Phi Phi Don Chukit Resort
  • Railay Beach – Railay Phutawan Resort

Tenha atenção que alguns hotéis exigem uma caução que no final da estadia é devolvida na totalidade.

Montar o roteiro

Esta é a parte que dá mais trabalho, provavelmente. Ir para um país tão longe dá vontade de querer conhecer tudo e mais alguma coisa. Mas quem vai com um limite de datas não muito longo (como nós), há que estabelecer prioridades. Ir com um roteiro mais ou menos pré definido é meio caminho andado para aproveitar ao máximo o que cada local tem para nos oferecer.

Nesta fase de planeamento, decidimos o que visitaríamos ou o que faríamos em cada dia da nossa viagem. É difícil? É. Muito até! Como já dissemos, a Tailândia é um país lindo de morrer, onde dá vontade de explorar cada cantinho. Mas isso não é possível. Pelo menos em tão pouco tempo. A nossa dica é: escolher os locais que mais quer visitar de acordo com o seu gosto.

Marcar as excursões

A Tailândia é um país de experiências. Ponto. Não há volta a dar. Quando falamos de um destino tão popular como este, é inevitável não dizermos que é muito turístico (até demais). Como tal, há experiências para todas as carteiras. Em cada esquina vão ‘impingir’ um tour, uma experiência gastronómica, ou qualquer coisa destinada aos turistas.

Depois de muito pesquisarmos, sabíamos que queríamos viver algumas dessas experiências. Como alugar um carro, para nós, estava completamente fora de questão (o trânsito é caótico), tivemos de recorrer aos tours.

A verdade é que andar pela hora dos outros não é bem a nossa onda. Mas aqui não havia muita opção de escolha. Também tínhamos lido que é possível comprar lá os tours, e que até podia ser mais em conta se tivéssemos um bom poder de negociação.

Nós decidimos reservar todas as excursões em Portugal por um e só um motivo: sabíamos que tínhamos pouco tempo para fazer tudo o que gostaríamos, e como tal, não queríamos andar a perder mais tempo a bater de porta em porta à procura do preço mais justo, ou a negociar até onde a nossa paciência nos levaria. Apenas por esta razão, fomos já com tudo planeado e reservado.

Agora, no fim de regressarmos, podemos afirmar. Sim, em qualquer esquina é possível comprar excursões. Se é mais barato ou não, não sabemos pois não perdemos tempo a perguntar. Ainda assim, se pretende comprar por lá, saiba que é super possível.

Estas foram as excursões que fizemos:

  • Bangkok – Maeklong Railway Market & Damnoen Saduak Floating Market (meio dia)
  • Chiang Mai – Santuário de Elefantes – Elephant Jungle Sanctuary (meio dia) e excursão de ida e volta no mesmo dia a Chiang Rai (Blue Temple, White Temple, Black House, Karen Village and Golden Triangle).
  • Koh Phi Phi – excursão de um dia para conhecer as restantes ilhas
  • Railay Beach – excursão privada de um dia: Hong Island e 4 Island

Ir e aproveitar ao máximo

Depois de tudo organizado e planeado, o tempo de espera até à viagem matou-nos. Mas sim, valeu cada minuto de espera!

Não vamos mentir. Uma viagem como estas, por conta própria, requer muito trabalho, planeamento, dedicação, paciência e tudo o que possam imaginar. Se vale a pena? A resposta é esta: repetíamos tudo neste exato momento.

Mas uma coisa é certa, apesar de termos tudo super organizado, há coisas que não estão no nosso controlo. Tal como a nossa experiência com o voo cancelado ou a perda das malas. Não há nada que se possa fazer. Apenas relaxar e aproveitar cada segundo ao máximo.

Tailândia: como planear uma viagem por conta própria ao país dos sorrisos
créditos: Viver o Mundo

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Artigo originalmente publicado no blogue Viver o Mundo