A "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como bonecos de Estremoz, foi classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 07 de dezembro de 2017, na sequência de uma candidatura apresentada pelo município.

Segundo a autarquia, o curso, que vai decorrer no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Estremoz, no distrito de Évora, tem a duração de 150 horas, com vagas limitadas a 16 formandos, sendo necessário inscrição, gratuita.

No plano curricular constam disciplinas como introdução à história da cerâmica, técnicas de conformação manual, técnicas de acabamento em cerâmica e execução de projetos criativos, administradas pelos formadores Hugo Guerreiro, Luís Parente, Isabel Borda de Água e Jorge da Conceição.

Trata-se de uma parceria entre o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE) e o município de Estremoz, que tem como objetivo "dar formação de qualidade a quem quiser aprender tudo sobre os bonecos de Estremoz".

Pertencentes a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história, os bonecos de Estremoz são o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.