Já lá estivemos mais do que uma vez, nunca repetimos programas e ainda assim há muito por conhecer e explorar.

A 'movida' noturna é um dos principais atrativos desta cidade espanhola, mas não pensem que essa é a única razão para escolherem Madrid numa próxima viagem. Um riquíssimo panorama artístico e cultural, bem como um cenário gastronómico em constante evolução fazem valer bem a viagem.

Vamos tentar resumir o essencial de Madrid neste roteiro, só para abrir o apetite, porque uma vez lá, o mais provável é descobrirem novas razões para voltarem, uma e outra vez.

Como chegar lá

Há voos diários regulares a partir dos aeroportos de Porto e Lisboa, operados por diversas companhias aéreas, "low cost" incluídas. Se reservarem com alguma antecedência, poderão contar com valores na ordem dos 50€ (por vezes até inferiores) para voo de ida e volta. Com preços destes, outras opções de transporte ficarão provavelmente excluídas, contudo, para aqueles que não gostam de andar de avião ou preferem outro tipo de transporte seja qual for o motivo, aqui fica a informação.

Viagens de comboio a partir de Lisboa e, por último, a opção de automóvel, que é bastante semelhante caso arranquem do Porto ou Lisboa, podendo contar com uma duração de viagem entre 6 a 6 horas e meia e um custo médio de cerca de 70€ por trajeto, em ambos os casos, segundo o site Via Michelin.

Onde ficar

Madrid é uma cidade enorme, contudo o centro turístico é relativamente pequeno e fácil de explorar, quer a pé, quer de metro, uma vez que existe uma boa rede a ligar toda a cidade. Assumindo que vão querer desfrutar ao máximo da cidade, deslocando-se a pé para usufruírem dos percursos tanto como das ditas atrações turísticas, o ideal é alojarem-se nos pontos nevrálgicos de Madrid, isto é Porta do Sol e Praça Maior. Se optarem por esta localização, o Hotel Petit Palace Puerta Sol é uma excelente opção, moderno, confortável e com ótima relação qualidade/preço.

Se se afastarem ligeiramente encontrarão preços de alojamento inferiores, como é o caso dos apartamentos Urban Vida Calatrava, uma opção pensada também para aqueles que preferem alojar-se em apartamento.

Se, por outro lado, quiserem continuar próximos do centro turístico mas sem perder pitada do que se passa na avenida mais agitada de Madrid, a Gran Vía, sugerimos o Hotel Atlántico.

Como já é habitual, deixámos também uma sugestão para aqueles que procuram o alojamento mais luxuoso da cidade. Se é esse o seu caso, não hesite e reserve já a sua estadia no 5 estrelas Gran Meliá Palacio de los Duques.

O que comer

Espanha é famosa pelas tapas e Madrid não é exceção. Não podem deixar de passar pelo Mercado de San Miguel, o mais famoso da cidade, e pelo Mercado de San Anton, menos lotado do que o anterior, para umas tapas e um copo de vinho. O Mercado de San Anton tem um terraço bem agradável, do qual vale a pena desfrutar, se o tempo ajudar. Presunto, croquetes, tortilha e batatas bravas são algumas das tapas mais comuns (todas deliciosas).

Outra iguaria tipicamente espanhola, que em Madrid não falta de certeza, são os churros com chocolate, por isso nem pensem vir de lá sem provarem esse pedaço de céu. Não há nada mais aconchegante e saboroso que um churro crocante mergulhado numa chávena de chocolate espesso. Se quiserem fazê-lo à verdadeira maneira espanhola, comam-nos no final de uma longa noitada, mesmo antes de irem dormir, ou ao pequeno-almoço para começarem o dia da melhor forma. A Chocolateria San Ginés é a mais conhecida.

Churros com chocolate
Churros com chocolate

Bocadillo de calamares, uma espécie de sanduíche de lulas fritas, é um dos sucessos madrilenos, logo outro 'must-eat' da capital espanhola. Os mais afamados estão na Praça Maior, recomendando-se os restaurantes Cervecería Plaza Mayor II e Casa María.

Agora, além do que comer, vamos recomendar alguns locais onde comer. Tal como já referimos, Madrid é uma cidade moderna e fervilhante, e o cenário gastronómico vai muito além das tapas. Há, atualmente, espaços bastante agradáveis na cidade, onde a decoração e o bom ambiente saltam à vista e, diga-se, os olhos também comem. Se a comida acompanhar o bom gosto, melhor ainda. As seguintes sugestões seguem essa linha, bom ambiente e boa comida.

O Mercado de La Reina, em plena Gran Vía, com gastronomia tipicamente espanhola, e um bar que serve excelentes cocktails, onde pode aguardar por uma mesa, é ideal para iniciar uma noite longa. La Gabinoteca, um espaço agradável, mais intimista, com tapas interessantes e preços bastante em conta. Restaurante Lamucca, perto do museu do Prado, tem um espaço lindíssimo e uma carta variada que inclui opções vegetarianas, sendo frequentado essencialmente por locais.

Os restaurantes Habanera, Éccola e Perrachica são os locais da moda. Quando lá se entra percebe-se o porquê: decoração impecável e ambiente jovem e elegante, com um ar até um pouco nova-iorquino. Os três têm em comum o fato de se converterem em bares de cocktails após o jantar, com boa música e bebidas preparadas na perfeição, pelo que são ideais até para um prolongamento da noite após o jantar.

E uma vez que estamos a falar de bares, não podemos deixar mais uma recomendação, o rooftop do Palácio Cibeles, situado na conhecida praça com o mesmo nome. O bar Terraza Cibeles fica no sexto andar do edifício e proporciona magnífica vistas sobre a cidade. Ideal para um fim de tarde ou início de noite.

O que fazer

Há muito para visitar em Madrid, e, como já referimos, a deslocação entre diversos pontos pode ser feita a pé, enriquecendo a viagem. Nesse caso, recomendamos que peguem antecipadamente num mapa e organizem o vosso dia e roteiro antes de sair do hotel, para que não façam quilómetros desnecessários.

Dito isto, vamos lá “percorrer” Madrid. A Porta do Sol é a praça mais popular e central da cidade, pelo que vamos começar por aqui. É nesta praça que se encontram alguns dos símbolos mais famosos da cidade: a estátua do Urso e o Medronho, o edifício da Real Casa dos Correos, com destaque para o relógio da torre, onde se faz a tradicional contagem decrescente para a entrada do novo ano e o quilómetro zero que marca o início da quilometragem de (quase) todas as estradas nacionais espanholas. Este último é o mais difícil de encontrar, por estar identificado apenas com uma placa no chão, portanto olhem para baixo ou então olhem à vossa volta e procurem o local onde toda a gente está a olhar para o chão.

Praça Maior
Praça Maior

Bom, tiradas todas as fotos da praxe, podem visitar a Praça Maior, outra das principais praças da cidade. A cerca de 2 minutos a pé encontrarão o mercado de San Miguel, outra das paragens que não podem falhar. Recomenda-se a visita, para que possam ficar a saber um pouco mais sobre e gastronomia espanhola, e recomenda-se também aqui uma pausa para comer, é uma excelente opção para almoço, por exemplo. E no final, aproveitem para desgastar com uma caminhada até ao Palácio Real.

O Palácio Real é a residência oficial do Rei de Espanha, que só o utiliza, contudo, em ocasiões especiais, como galas ou recepções oficiais. O edifício possui uns belos jardins, de entrada gratuita, e o interior do edifício é lindíssimo, merecendo também a visita. O custo do bilhete para a visita ao palácio é de 12€, ou gratuito, se visitarem de segunda a quinta-feira entre as 16 e as 18 horas (de outubro a março) ou entre as 18 e as 20 horas (de abril a setembro).

Mesmo em frente ao Palácio Real, encontram a bela Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, também de entrada gratuita.

Para terminar o dia, sugerimos o templo de Debod, ali bem perto. Trata-se de um verdadeiro templo egípcio, oferecido a Espanha em 1968, sendo o único do género existente em Espanha e um dos poucos fora do Egito. É um dos locais mais bonitos para se visitar ao pôr-do-sol, quando a luz é mais bonita. O seu interior também pode ser visitado, gratuitamente.

No dia seguinte, poderão dedicar grande parte do dia ao Parque do Retiro, para explorarem tranquilamente um dos espaços mais bonitos da cidade, com magníficos jardins, um palácio de cristal e até um lago onde poderão fazer um passeio de barco a remo. Comprem um bocadillo pelo caminho e aproveitem para fazer um piquenique.

Parque do Retiro
Parque do Retiro

Quando já tiverem relaxado o suficiente, propomos mais uma caminhada. Saiam do parque pela Porta de Alcalá, passem pela praça de Cibeles (conhecida por ser o local de festejos do Real Madrid), apreciem o imponente palácio, e sigam pela Gran Vía. A Gran Vía é a principal artéria da cidade, super movimentada, repleta de comércio, bares e restaurantes. Não faltam espaços modernos, jovens e cosmopolitas, difícil vai ser escolher onde vão querer jantar.

Para o fim, deixamos os museus, o Museu do Prado e o Museu Rainha Sofia, bastante próximos um do outro. O Museu do Prado, um dos mais importantes do mundo, inclui uma coleção riquíssima de pintura dos séculos XVI a XIX, com obras de artistas como Velázquez, El Greco, Rubens e Goya. Uma vez que o museu é enorme, sugerimos dedicar pelo menos uma manhã ou uma tarde para o visitar. A entrada tem um custo de 15€ e as filas costumam ser longas, pelo que se recomenda a compra antecipada do bilhete online.

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O Museu Rainha Sofia, de arte contemporânea, é onde poderão encontrar a emblemática obra Guernica, de Pablo Picasso, bem como outras obras do pintor e trabalhos de artistas como Salvador Dalí e Juan Miró. Se comprarem bilhete antecipadamente online, têm redução no preço, custando 8€, ao invés de 10€ que é o preço de bilheteira. De segunda a sábado (exceto terças-feiras, dia de encerramento), entre as 19 e as 21 horas e aos domingos, entre as 14:30 e as 19 horas, a entrada no museu é gratuita.

Se forem fãs de futebol, ou apenas curiosos e vos sobrar ainda tempo, sugerimos uma visita ao emblemático estádio Santiago Bernabéu. Melhor do que uma visita, só mesmo assistir a um jogo para se sentir como um verdadeiro “merengue”.

E porque uma das principais atrações de Madrid é a ‘movida’, não poderíamos terminar esta categoria sem referência à animação noturna da cidade. Começar com um aperitivo e jantar no bairro La Latina, tomar um cocktail na Gran Vía e seguir noite dentro nos bares e discotecas dos bairros Chueca e Malaseña, é sem dúvida, um ‘must-do’ desta cidade.

Quanto tempo ficar

No mínimo, três dias completos. Qualquer altura é boa para visitar a cidade, no entanto, se puderem, evitem os meses de verão, uma vez que o calor é impiedoso em Madrid e percorrer a cidade debaixo de 40ºC não será certamente a melhor experiência. Se procura uma experiência mais marcante, optem por ir no final do ano, uma vez que o reveillón madrileno é um dos mais famosos mundialmente.

Agora que já leram tudo, não se esqueçam de visualizar a fotogaleria que preparamos para vocês.