Ficamos três noites em São Petersburgo, a nossa primeira paragem na viagem à Rússia, tendo ido depois para a capital Moscovo. Chegamos à cidade dos czares através do Aeroporto de Pulkovo e, tal como nas grandes cidades, somos abordados por dezenas de taxistas que nos querem levar até ao centro. Não é um ambiente hostil, mas não cedam à pressão. Em vez disso, acedam ao wifi do aeroporto e chamem por um carro da Uber, que tem uma tarifa fixa de 700 rublos (cerca de dez euros) do aeroporto até ao centro da cidade e vice-versa. Anotem esta dica: o serviço da Uber vai ser o vosso melhor amigo durante a estadia na Rússia, isto porque além de não terem de comunicar com os condutores, algo que pode ser complicado com os taxistas por não falarem em inglês, as tarifas são baixas e o serviço é eficiente neste país.

Depois de mais de uma hora no trânsito de São Petersburgo, que é caótico, chegámos ao nosso hotel, o Akyan St. Petersburg, uma unidade hoteleira que fica próxima da avenida principal, a Nevsky Prospekt, e é muito acolhedora. Por preencher todos os nossos requisitos de conforto, escolhemos o restaurante do hotel para ter o primeiro contato com a comida russa. Serviram-nos strogonoff e caviar de salmão vermelho e nós aprovámos.

Peterhof Palace

No dia seguinte acordamos cedo, munimo-nos dos nossos casacos mais quentes, gorros e luvas e partimos à procura dos espaços mais emblemáticos de São Petersburgo. Começamos pela Catedral de Nossa Senhora de Cazã (entrada gratuita) e seguimos logo para o ex-libris da cidade, a Catedral do Sangue Derramado, uma igreja ortodoxa russa que foi construída no local onde o Czar Alexandre II da Rússia foi assassinado. A entrada custa 250 rublos (mais ou menos 3.5€).

Paramos para almoçar a nossa primeira salada russa num dos restaurantes mais conhecidos, o Biblioteka, também na Nevsky Propekt, conhecido por servir o melhor Bolo de Mel, o mais típico da cidade.

Peterhof Palace

Da parte da tarde, visitamos outra Catedral emblemática da cidade, a de Santo Isaac, cuja entrada custa também 3.5€. Há ainda a possibilidade de subir até à cúpula, mediante outra admissão, mas não o fizemos porque havia uma grávida nesta viagem e convinha não fazer muito esforço. Depois de visitar três catedrais irão perceber que todas são semelhantes e por isso o interesse por elas se vai desvanecendo.

Como local de jantar escolhemos o Cococo, restaurante anexo ao W Hotel de São Petersburgo. É bom, mas sem surpreender, excluindo a sua sobremesa mais famosa, a “My mother's favourite flower”.

Peterhof Palace

No dia seguinte, o museu mais famoso da Rússia, o Hermitage, era de entrada gratuita, algo que acontece em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês. Depois de enfrentar a fila, fomos confrontados com a imponência dos vestígios deixados pelo império russo, onde o ouro cravejado nas paredes salta à vista. É um excelente museu, embora um pouco desorganizado. Os amantes de arte irão desfrutar desta visita, mas antes peguem no mapa das plantas para melhor a orientação.

Peterhof Palace

Em São Petersburgo, o Rio Neva confere aquele típico ambiente de cidade europeia e por isso não quisemos deixar de fazer um passeio de barco pela cidade. Como fomos em época baixa (dizem os russos), só havia passeios com explicação em russo, por isso deixamo-nos levar por aquilo que os olhos nos iam transmitindo. Esta viagem ganha uma maior dimensão quando deixamos os pequenos canais e percorremos as traseiras do Museu Hermitage, com espaço aberto no rio, deixando-nos absorver pelas cores das pontes de São Petersburgo.

Peterhof Palace

Para o último dia, fomos a outro espaço muito conhecido nas redondezas de São Petersburgo, o Peterhof Palace. Tenham em atenção que fica a mais de 35 quilómetros do centro da cidade e que com o trânsito podem chegar a demorar 1h30 a lá chegar. Nós fomos e viemos de Uber e pagamos cerca de 14 euros por cada viagem. O Peterhof Palace é espetacular no verão, em que todas as fontes estão ligadas e os jardins arranjados, por isso avaliem se vale a pena visitá-lo caso seja inverno. Nós fomos nessa época e gostamos de o visitar, mas também porque já não havia mais nada de interessante para conhecer no centro de São Petersburgo.

Para jantar, fomos à procura do melhor strogonoff da cidade, que fica no Restaurante Severyanin. O espaço é espetacular e o atendimento é ainda melhor, com uma sala acolhedora, ideal para aquecer do frio que fazia lá fora, que era de três graus negativos.

A manhã do dia seguinte serviu para tomar o pequeno almoço e apanhar o comboio rápido em direção a Moscovo, a nossa próxima paragem.


Notas

Preço médio da refeição: 20 euros por pessoa, com entrada, prato, sobremesa, copo de vinho e café;

Orçamento para os três dias: Aproximadamente 200 euros para o casal;

Como chegámos lá: Avião da KLM (130 euros pelo bilhete) de Barcelona até São Petersburgo;

Mês escolhido: Novembro;

Alojamento: AKYAN St-Petersburg, tendo custado 155 euros as três noites, com pequeno almoço incluído.