O aumento de casos na Índia mostra a necessidade de manter as restrições da fronteira para garantir o baixo nível de propagação do vírus na Austrália, alegou o ministro.

Desde o dia 20 de março de 2020, a Austrália mantém controlos drásticos nas fronteiras.

É "muito difícil determinar" quando as fronteiras poderão ser reabertas, disse Tehan à Sky News. "A estimativa mais otimista seria em meados, ou no segundo semestre, do próximo ano", completou.

Antes da pandemia, cerca de um milhão de viajantes entravam no país a cada mês para pequenas estadias. Agora, são cerca de 7.000. Quem chega do exterior deve passar por uma quarentena de 14 dias num hotel.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou, porém, que não prolongará a polémica decisão de proibir o regresso de cidadãos australianos oriundos da Índia.

Cerca de 9.000 australianos estão retidos no país asiático. Morrison ameaçou aplicar multas elevadas e até penas de prisão para aqueles que não respeitarem a medida.

"Esta medida, concebida de maneira provisória, vai expirar no dia 15 de maio", disse o chefe de governo.

A recente abertura de uma "bolha aérea" com a Nova Zelândia tem tido dificuldades e foi suspensa entre as cidades afetadas pelo aumento do número de casos causados por falhas nos dispositivos de quarentena.

A Austrália registou 29.886 casos de contágio desde o início da pandemia. A maioria deles foi detectada em hotéis em quarentena.

A vacinação avança lentamente: apenas 2,5 milhões de doses foram administradas num país de 25 milhões de habitantes. Cada pessoa precisa de duas doses.

A perspectiva de manter as fronteiras fechadas até o final de 2022 será um duro golpe para a indústria do turismo, que movimenta 33 bilhões de euros por ano.

"A esperança seria que pudéssemos criar mais algumas 'bolhas aéreas', mas estamos no meio de uma pandemia", disse o funcionário.

"Dependerá muito de como a pandemia mundial for gerida", completou.