A mostra, com curadoria de Frédéric Mougenot do Palais des Beaux-Arts de Lille e João Carvalho Dias do Museu Calouste Gulbenkian, apresenta mais de 250 peças, oriundas de diversas colecções (como Museu Britânico, Museu do Louvre, do Museo Egizio (Turim), do Ashmolean Museum (Oxford), do Musée d’Orsay (Paris), do Mucem – Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée (Marselha) ou da Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa), origens e épocas.

Idealizada inicialmente em 2019 (antes da pandemia) por Frédéric Mougenot , a mostra acaba por só ser concretizada este ano, coincidindo com as comemorações do centenário da descoberta do túmulo de Tutankhamon, no Vale dos Reis, por Howard Carter e do bicentenário da decifração dos hieróglifos pelo egiptólogo Jean-François Champollion.

Esta não é apenas uma exposição histórica, com uma linha cronológica centrada no passado e com apenas peças da antiguidade, Faraós Superstars vai um pouco mais longe, e “abrange 5000 anos de História, da Antiguidade aos dias de hoje, pretendendo refletir sobre a popularidade destas personagens históricas e por vezes míticas que são os faraós, realçar o estatuto de «celebridade», fazendo notar o seu lado efémero, mutável; e ainda refletir sobre o núcleo de arte egípcia do Museu Gulbenkian e sobre a relação que o colecionador estabeleceu com o egiptólogo Howard Carter, conselheiro para a maioria das suas aquisições”.

Faraós Superstars é a mostra que a Gulbenkian apresenta em ano de duplo centenário

Composta por três núcleos principais:

Núcleo 1: “Três mil anos de História, alguns reinados memoráveis”; “Adorar os deuses”; “Defender o Egito: como ser um bom faraó”; “Monumentos no horizonte”; “Manter a Chama Acesa”; “O caso exemplar dos fundadores do Império Novo”; “Os Reis Malditos”.

Núcleo 2: “O que resta dos faraós? A História e as lendas”; “Amásis e Psametek, os reis que amavam os gregos”; “Nectanebo, pai de Alexandre Magno”; “Cleópatra, mulher fatal ou rainha sábia”; “Sesóstris, rei egípcio por excelência”; “Faraó da Bíblia, Firaun do Alcorão”.

Núcleo 3: “O Regresso dos Faraós”; “A Vingança de Ramsés”; “Akhenaton, Nefertiti e Tutankhamon cativam o mundo”; “Descendentes dos faraós”; “Ícones pop mundializados”;  e “Faraós negros / ícones negros”.

A exposição convida a conhecer alguns dos faraós mais conhecidos da História do Antigo e que sobreviveram à História, como Cleópatra, Nefertiti, Tutankhamon, e Ramsés, tornando-se alguns deles verdadeiras estrelas e ícones, inspirando lendas, obras de arte, filmes, peças de moda, publicidade, e até objetos do quotidiano como motas, cigarros, refrigerantes, ou máquinas de costura.

Entre as inúmeras peças presentes, destaque para duas peças da autoria de autores portugueses: uma peça de Domingos António de Sequeira – Estudo Preparatório para a Morte de Cleópatra – século XVIII, e uma Cleópatra da autoria de Joana Vasconcelos (Séc. XXI).

Destaque para o vídeo Egito: A Longínqua Terra Próxima, produzido especificamente para a exposição em Lisboa por Sarah Nagaty, no qual ao longo de 20 minutos, a investigadora e curadora explora o seu Egito contemporâneo, comparando-o com o Egito Antigo que tanto fascina as pessoas com quem se encontra em Portugal.

Complementam esta mostra, uma outra, no Átrio da Biblioteca de Arte Exposição Bibliográfica Calouste Gulbenkian e o Egito, com livros e documentos de Caloute Gulbenkian, sobre a sua paixão pela História do Egipto e a sua vontade de coleccionar peças deste período.

De referir que esta é uma exposição também pensada para crianças, famílias, e invisuais, com algumas estações tácteis e o jogo “A Cartela do Faraó”, que permite a pequenos e
adultos explorar a exposição de um “modo divertido e criativo”.

A exposição Faraós Superstars resulta de uma parceria com o Mucem – Musée des civilisations de l’Europe et de la Méditérranée (Marselha) e conta com o apoio inestimável de inúmeras entidades emprestadoras, institucionais, pode ser visitada de 25 de Novembro de 2022 a 6 de Março de 2023, na Galeria Principal do Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de quarta a segunda feira, das 10h00 às 18h00. Os bilhetes podem ser adquiridos online ou no local e custam 5 euros.

Programação Complementar à Exposição

Visita e conversa com os curadores Frédéric Mougenot e João Carvalho Dias – 25 novembro 2022, 16h00

Visitas orientadas – Faraós Superstars, celebridade e simbolismo Por Carlos Carrilho e Filipa Santos
07, 16 e 21 dez 2022 / 16:00
06, 11, 20 e 25 jan 2023 / 16:00
03, 08, 17 e 22 fev 2023 / 16:00
Visitas com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

Oficina para jovens – Faraós in Motion: workshop de animação stop motion
Orientadores: Fidel Évora e Maria Remédio
19, 20, 21 dezembro 2022, 10h00 – M/13

Curso online – Viver e morrer no Antigo Egito – Orientação: Inês Torres, Egiptóloga
17, 18, 24 e 25 janeiro 2023

Ciclo de Cinema – Nas Terras dos Faraós. Representações do Antigo Egito no Cinema
6 – 21 janeiro 2023
Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema

Colóquio Internacional – Tutankhamun and Carter: Assessing the Impact of a Major Archaeological Find
16 e 17 fevereiro 2023
Organizado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em colaboração
com a Fundação Calouste Gulbenkian
Fundação Calouste Gulbenkian, Auditório 3

Oficina para Jovens Poemas aos Faraós: workshop de spoken word e performance 
Orientadores: Melissa Rodrigues e Nuno Piteira
4 e 11 fevereiro 2023 – M/13

Exposição Bibliográfica Calouste Gulbenkian e o Egito
Átrio da Biblioteca de Arte
16 novembro 2022 – 6 março 2023