
Na sua 14.ª edição, a feira, que decorre de 04 a 08 de setembro, terá o seu “ponto alto” no último dia, com a recriação de um casamento polémico, o de D. Fernando com Dona Leonor Telles em 1372 e que deu origem à crise de 1383-1385.
A recriação deste matrimónio está, por isso, no centro da feira medieval que se celebra precisamente no local onde o casamento ocorreu, no mosteiro gótico românico de Leça do Balio, situado nas margens do rio Leça.
Os visitantes poderão ainda assistir à recriação da chegada dos peregrinos ao mosteiro, o seu acolhimento pela ordem do hospital e a cerimónia do lava pés.
A estas duas junta-se uma terceira relacionada com a procissão dos Freires Cavaleiros das várias Ordens de S.João de Jerusalém.
Além destas recriações, a feira medieval vai recuar no tempo com cavaleiros, saltimbancos, encantadores de serpentes ou guerreiros travando combates de capa e espada espalhados pelo recinto.
As pessoas terão ainda a oportunidade de ver artesãos a trabalhar ao vivo, provar doçaria conventual preparada segundo as receitas medievais, assistir a cerimónias de ordenação de cavaleiros, observar peregrinos a serem recebidos pelos monges hospitalários e participar em espetáculos de demonstrações de falcoaria ou torneios a cavalo.
Sendo um evento para miúdos e graúdos, os mais novos terão a oportunidade de participar em oficinas para os transformar em monarcas, em teatros de marionetas ou jogos infantis.
Para eles vai ser editada uma publicação sobre a história do mosteiro “O Balio Pimentel e a Luz do Mosteiro”, da autoria do historiador Joel Cleto com ilustrações de Luís Moreira.
Do programa constam ainda momentos de música, dança, visitas guiadas ao património, torneios a cavalo, treinos de armas e de aves.
Organizada pela câmara, a feira medieval visa promover os Caminhos de Santiago no concelho, bem como divulgar o Mosteiro de Leça do Balio, um dos monumentos “mais emblemáticos” do Norte de Portugal e sede da Ordem dos Cavaleiros de S. João de Jerusalém do Hospital, conhecidos como hospitalários.
Os Caminhos de Santiago são hoje, como no passado, e para lá da sua vocação religiosa, veículos privilegiados de difusão e enriquecimento cultural, artístico e recreativo, entende a autarquia.
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