É uma das mais antigas cidades habitada continuamente no hemisfério ocidental e Património Mundial da UNESCO. É um lugar onde cada esquina esconde vestígios de um passado glorioso e onde a vida metropolitana e rural, o antigo e o novo, indígenas e estrangeiros se combinam de uma forma maravilhosa.

Quando comecei a explorar Cusco, a cidade pareceu-me imensa, não tanto por causa de seu tamanho mas sim por causa das ruas íngremes e suas muitas subidas e descidas. Andar a pé a uma altitude de 3400 metros, para quem não está habituado, é extenuante e demorado mas… as ruas fotogénicas e cheias de história compensam o esforço.

Cusco
créditos: Travellight e H. Borges

Os bairros mais altos da cidade e o labirinto de ruas em seu redor são adoráveis sob o sol do início da manhã. As referências à cultura inca e as lindas igrejas coloniais chamam logo a nossa atenção e, perto da Plaza San Blas, encontramos cafés bem agradáveis onde podemos tomar um bom pequeno almoço.

Cusco
créditos: Travellight e H. Borges

A Plaza de Armas, a principal praça da cidade, já foi o centro de todo o império Inca e a base dos conquistadores espanhóis. Tem como destaques uma impressionante catedral e uma igreja barroca.

A arte colonial e religiosa em exibição na catedral inclui algumas obras notáveis ​​da famosa escola cusqueña (cusco), como a interpretação quéchua da Última Ceia que tem um detalhe curioso - na mesa está representada uma especialidade local: um cuy (porquinho da Índia) assado.

Última Ceia
créditos: Travellight e H. Borges

Também merecem uma visita o Museo Inka - que tem em exibição artefactos interessantes, como os vasos cerimoniais conhecidos como queros - e o Templo e Convento de La Merced, uma linda igreja e mosteiro com claustros, que fica a meio quarteirão da Plaza de Armas.

Outra lugar que vale a pena conhecer é o Museo de la Coca, que nos dá uma visão informativa sobre a importância das folhas de coca na cultura peruana e sul-americana.

Plaza de Armas
créditos: Travellight e H. Borges

Há bons restaurantes na Plaza de Armas, onde podemos almoçar e experimentar pratos peruanos tradicionais, contemporâneos e até de fusão peruano-asiática.

Descendo a Avenida del Sol chegamos até a mais espectacular ruína inca da cidade: Korikancha - o Templo do Sol. Disseram-me que chegou a estar coberto de cima a baixo por folhas de ouro e era um local de sacrifícios rituais, assim como um observatório de astronomia. As ruínas formam igualmente a base da igreja e do convento Iglesia de Santo Domingo.

Cusco
créditos: Travellight e H. Borges

Bem ao lado de Korikancha fica o Centro de Têxteis Tradicionais de Cusco (um dos melhores lugares da cidade para comprar lembranças) e um pouco mais longe, a cerca de 10 minutos a pé da Plaza de Armas, fica o Mercado San Pedro, onde é possível experimentar alguma da comida de rua Peruana, como por exemplo, picarones (espécie de donut peruano feito de abóbora e batata doce).

Cusco
créditos: Travellight e H. Borges

Sacsayhuamán, outras ruínas incas, impressionaram-me pela sua dimensão. O local foi muito importante para os incas e continua a ter um papel relevante na actualidade já que é aqui que todos os anos tem lugar, durante o solstício de verão, o festival do sol conhecido como “Inti Raymi”.

As cidades nos Andes geralmente não tem grande vida nocturna, mas Cusco é uma excepção. Uma mistura de turistas e habitantes locais enchem espaços animados como o Museo del Pisco, um bar dedicado ao pisco sour, o cocktail mais famoso do Peru. O local também serve comida saborosa, como tapas, hambúrgueres e piqueiros (petiscos).

Cusco
créditos: Travellight e H. Borges

Gostei de Cusco… da sua história e beleza. Pareceu-me uma cidade onde a vida corre mais devagar e onde as pessoas são mais descontraídas. Um lugar onde não me importaria de ter passado mais tempo, mas Machu Picchu chamava por mim e eu tive de partir.

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Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World