Eduarda Silva (@edudatsilva) é uma influencer portuguesa que adora viajar e falou-me sobre isso entre os reptos que fui deixando pelo Instagram. Além da sua extrema e abençoada simpatia, a nossa bonita Eduarda relatou-me a sua longa viagem da qual regressou há dias. Começa por referir o contexto inicial que surtiu algum impacto: diria talvez uma espécie de sentimento de viajante eremita sem o querer ser. É que ela iniciou a viagem mal os aeroportos portugueses terem aberto portas e então os voos eram muito poucos. O trânsito nos aeroportos deveria ser silencioso. Levantou voo no aeroporto do Porto.

Os sons mudaram nas nossas viagens, certo? Tudo mudou, mas isto serve para nos adaptarmos com os nossos sentidos a tudo. Talvez tenhamos agora um sétimo sentido: valorização maior da vida. Não existem as sete maravilhas antigas, modernas, etc? Pronto, haja os cinco sentidos, o sexto sentido que nem todos têm… e este sétimo que é apurado em quem viaja.

Nesta sensação ela conta: “não tinha muitas pessoas que quisessem embarcar comigo nesta aventura, viajar em tempos de COVID implica cuidados: testes PCR negativos, fazer mais escalas, não ter medo do vírus, ter confiança que vai tudo correr bem (porque vai) e ter em atenção às medidas estabelecidas por cada país.”.

É esta a inspiração que precisamos e a portuguesa tomou a decisão de retornar ao mundo por necessidade “em ir”: eu só queria sentir-me a voar nas nuvens e saber que ainda existia vida e esperança após longos meses de confinamento.”

Uma viajante com este lema não poderia estar mais sã. Esta força de vontade que inspire o seu próximo check-in. A mim decerto mais me inspira na marcação de viagens. Principais motivos da sua viagem a Espanha: destino próximo, praias maravilhosas para se encontrar com o sol, com outros mares e “mergulhar a minha alma, e como diz o ditado em português “alma salgada, alma lavada”.

Antes de fazer o booking fez a pesquisa sobre algumas opções (eram parcas) que tinha: Lanzarote e Fuerteventura. Inspirada em páginas de infuencers viajantes e em youtubers destas ilhas, tomou a decisão: Fuerteventura. Preparou tudo ao milímetro para que os sete dias (ora com sete sentidos!) fossem suficientes para “que pudesse conhecer cada encanto e recanto desta ilha. Para quem não sabe, Fuerteventura é a maior ilha das Canárias e por isso é importante irmos com um plano para cada dia. Alugarmos carro, pesquisarmos os sítios que tencionamos visitar e organizarmo-nos para perdermos o mínimo tempo possível em viagens (no paraíso não se pode perder tempo a andar para trás e para a frente).”

Tudo parecia curto em termos de voos de ligação. Depois de dois curtos voos, mas bem cedinho, de Porto a Madrid e de Madrid a Tenerife, apanhou o terceiro saltinho nas nuvens: Tenerife-Fuerteventura. Mas estes três voos somaram oito horas de viagem. Elogiou logo o aeroporto de Fuerteventura que está preparado para parecer que já se aterra de pé na areia: “o mar fica mesmo em frente ao aeroporto com este todo envidraçado. Conseguem imaginar a vista? Sim, podemos dizer que é um cenário, de filme de cinema.

O que mais me surpreendeu mal comecei a meter os meus pés e os olhos pelos caminhos de Fuerteventura foi o facto de ser tudo pedra, de ser tudo monte em tons marrom, olhar para um lado e só ver terra e para o outro lado igual, fascinou-me tanto. É um cenário de natureza completamente diferente daquilo que estamos habituados, e por esse motivo conquistou logo o meu coração.”

De coração levado, a Eduarda esteve alojada a sul, em Morro Jable que recomenda aos amantes de caminhadas e de natureza. Depois continuou a palmilhar o sonho em Cofete Beach. Deixa um alerta: “o caminho extenso, a subir e a descer montanha, não aconselho a fazerem-no se tiverem vertigens (se tencionarem fazer este tipo de caminhos convém terem seguro no carro alugado ou ter um carro mais resistente).”

Continuamos a caminhada da Eduarda no próximo artigo, mas já sabemos que para bons sonhos… longas caminhadas. Porque viajar vale a pena. Quem tem este sétimo sentido nascido durante a pandemia?