Troque o Parque Nacional da Penêda-Gerês pelo Parque Natural do Alvão

É verdade que o Parque Nacional da Penêda-Gerês é um lugar único e insubstituível, mas também é verdade que nos últimos anos caiu nas “bocas do mundo” e tem atraído cada vez mais visitantes que, nos meses quentes, procuram as várias cascatas e piscinas naturais para refrescar-se. Contudo, pessoas em demasia numa paisagem que se quer selvagem não combina e não será, de todo, a melhor experiência que poderá ter no único parque nacional português.

Assim, e se ainda não conhece, vá antes explorar o Parque Natural do Alvão. Na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão, esta área protegida é percorrida pelo Rio Olo, que corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do parque. Mas há muito mais para descobrir: as piscinas naturais chamadas de Piocas de Cima e de Baixo, as cascatas e as aldeias. O Alvão é um lugar genuíno e de muita natureza em estado puro.

Parque Natural do Alvão
Parque Natural do Alvão créditos: LUSA

Troque o Algar de Benagil pelo Algar Seco

O Algar de Benagil é uma atração única no Algarve que se tornou numa verdadeira “febre” de verão muito por conta das redes sociais. Não podemos negar que visitar este algar que acolhe uma praia é uma experiência fora de série, mas, uma vez mais, perde um pouco o encanto quando o lugar está apinhado de pessoas, o que é esperado na temporada alta.

Por isso mesmo, aproveite para conhecer outro fenómeno geológico único na costa algarvia, sem sair do concelho de Lagoa, o Algar Seco. “É um anfiteatro natural palco de um cenário quase selvático. A erosão terrestre e as investidas do mar moldaram as rochas calcárias em formas graciosas. Descendo os degraus pode-se apreciar de perto, embalados pelos sussurros das ondas, grutas marinhas e recantos onde a natureza fez o que o homem pouco conseguiu destruir. As rochas formam “porches”, autênticas varandas e janelas românticas sobre o mar, como A Boneca, de onde se sente a leve brisa que dele sopra”, é descrito no site Percursos do Património. Há um passadiço que ajuda a descobrir o Algar Seco.

Algar Seco
Algar Seco créditos: CM Lagoa

Troque Piódão pela Pena

Piódão ficou muito famosa nos últimos tempos, entrando em rankings de vários sites internacionais como um dos lugares mais incríveis de Portugal. De facto, a aldeia-presépio é lindíssima e justifica uma visita a qualquer momento. Todavia, se escolher fazê-lo na temporada alta, corre o risco de encontrar as ruas estreitas da aldeia pejadas de visitantes.

Contudo, existem outras aldeias de xisto que merecem ser conhecidas e, se o que procura é o ambiente de isolamento e pacatez, típico destes lugares, pode optar por conhecer a aldeia da Pena. “Está rodeada de serra, de encostas muito altas, vegetação densa e com muitos castanheiros. Num dos lados, relativamente próximo, avistam-se escarpas rochosas que no cume têm os singulares Penedos de Góis, a mais de mil metros de altitude”, conta o Andarilho nesta reportagem.

Pena
Pena créditos: andarilho.pt

Troque a praia da Nazaré pela praia de Vale Furado

É uma das praias mais concorridas do litoral Oeste e no verão recebe muitos visitantes que procuram aproveitar o sol e o mar. A imagem do areal da Praia da Nazaré repleto de guarda-sóis é recorrente nesta época do ano.

À descoberta da Praia de Vale Furado. Um recanto mágico
Vale Furado créditos: Kat Piweca

A boa notícia é que não precisa ir muito longe para encontrar uma praia mais deserta e selvagem. “A Praia de Vale Furado fica a cerca de 12km da Nazaré. É um lugar de paz, perfeito para relaxar e apreciar a beleza da natureza”, escreve Kat Piwecka neste artigo.

Troque a Ilha das Flores pela Ilha de São Jorge

Uma troca difícil de fazer, uma vez que se trata das duas ilhas mais selvagens do arquipélago dos Açores. Ainda assim, e também devido à fama nas redes sociais, a Ilha das Flores tornou-se num dos destinos mais em alta para quem deseja viajar pelo arquipélago açoriano.

Sem dúvida alguma que vale a pena descobrir todas as cascatas e montanhas verdejantes desta ilha do grupo ocidental, mas para não correr o risco de encontrar muita gente e ter paisagens de sonho mais desertas rume para a ilha do Dragão (na imagem de destaque do artigo) e deixe-se encantar pelas fajãs isoladas.

A lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo
A lagoa da Fajã da Caldeira de Santo Cristo créditos: Alice Barcellos

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