O café restaurante Trindade foi fundado em 1924. Primeiro como café e pouco depois iniciou também a atividade de restaurante.
A entrada é em cantaria de pedra. O toldo esconde os vitrais e o interior é um amplo salão com uma das paredes parcialmente coberta com espelhos enormes.
O teto é de madeira e vários candeeiros dão brilho à sala e aos painéis de azulejos que decoram o espaço.
A família de Clara Laureano tomou conta do Trindade há 52 anos. Na sua memória, permanece o mobiliário e a decoração interior.
O que, entretanto, mudou foi a disposição do balcão e das mesas. “Há cerca de 30 anos mudou para snack-bar com o balcão a meio. Há 20 anos voltou à disposição inicial.”
É esta arrumação que encontramos e que, a par da arquitetura e da decoração interior, cativa a atenção de muitos visitantes no caminho para o mosteiro.
"Há pessoas que entram só para tirar fotografias.” Alguns dos visitantes ficam para uma refeição ou tomar um café.
A rotina modificou-se um pouco nos últimos anos. Os jornais continuam próximo da porta de entrada à disposição dos clientes, mas alteraram-se os hábitos. Um deles, foi o da leitura dos jornais.
“Muito menos. Como também o ritual de vir tomar um café. Desceu muito depois da pandemia”.
Onde se mantém a tradição é no menu. “Arroz de peixe com camarão, açorda, bacalhau à Brás e frango na púcara que é o prato tradicional de Alcobaça. Na doçaria, o nosso doce, que é muito conhecido, é o barrete. O nome surge de uma história muito antiga. É feito de amêndoa, parecido com o tachinho de Alcobaça e é muito procurado.”
Contam as más línguas que o nome barrete resultou de uma alcunha dada por um cliente quando confrontado com um aumento significativo do preço, há algumas décadas atrás.
Na altura o nome era Delícia do Trindade e continua a fazer as delícias dos clientes.
Café Restaurante Trindade assinala este ano um século faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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