Descubra neste roteiro de dez dias uma Galiza que passa por importantes centros urbanos, vilas pitorescas e cenários costeiros. Tudo com tempo e tranquilidade para conviver com a população, saborear pratos regionais e participar nas tradições locais. 

Como chegar à Galiza

De avião

Há voos com partidas de Lisboa, Porto ou Faro para os aeroportos de Santiago de Compostela (SCQ),  Corunha (LCG) e Vigo (VGO).

De autocarro

Rede Expressos e FlixBus oferecem ligações diretas de Lisboa, Porto e outras cidades portuguesas para Corunha, Vigo e Santiago.

De comboio

Se estiver em Lisboa, embarque na estação de Santa Apolónia até à estação de Porto Campanhã e do Porto apanhe outro comboio até à Estação Ferroviária de Vigo-Guixar, uma das duas gares ferroviárias que serve a cidade de Vigo, na Galiza. Chegando aqui, apanhe outro comboio para Santiago de Compostela onde começa este roteiro (que termina em Vigo).

Sugestão de itinerário para quem vai viajar de comboio:

  1. Santiago de Compostela Corunha
  • Duração: 31 minutos
  • Comboios diretos e frequentes
  1. Corunha Lugo

  • Duração: 1h 45min
  • Comboios regionais várias vezes ao dia
  1. Lugo Ourense

  • Duração: 1h 30min
  • Comboios regionais
  1. Ourense Pontevedra

  • Duração: 1h 10min
  • Comboios Alvia ou regionais
  • Ligação direta disponível
  1. Pontevedra Vigo

  • Duração: 30 minutos
  • Comboios frequentes e diretos

 Dicas úteis

  • Reserve com antecedência para garantir os melhores preços, especialmente nos comboios Alvia.
  • Use o site da Renfe ou plataformas como a Omio para consultar horários e comprar bilhetes.
  • Se quiser flexibilidade, considere o bilhete combinado ou um passe regional.

Dia 1 – Santiago de Compostela

Santiago de Compostela
Santiago de Compostela créditos: Jose Luis Cernadas Iglesias | PxHere

Santiago de Compostela é o ponto de partida ideal para descobrir a Galiza.

No primeiro dia, comece por absorver a atmosfera da cidade. Se chegar pela manhã, aproveite para caminhar tranquilamente pelas ruas de pedra do centro histórico que têm um ritmo próprio, marcado pelo passo lento dos peregrinos que chegam à Praça do Obradoiro.

Dirija-se diretamente à Catedral de Santiago. Mesmo que já a tenha visto em fotografias, é difícil não ficar impressionado ao vivo. Entre no templo, admire o Pórtico da Glória e, se quiser, suba ao telhado com uma visita guiada para ter uma vista privilegiada sobre a cidade. Aproveite para dar um abraço à imagem do apóstolo, como manda a tradição.

Depois da visita, caminhe pela Rua do Franco. É uma rua emblemática da cidade, não só pelo ambiente animado, mas também pelas opções gastronómicas, nomeadamente tapas e petiscos. Se ainda for cedo para almoçar, entre numa das lojas típicas e experimente os doces de Santiago, como a famosa torta feita com amêndoa.

Uma excelente opção para o almoço é o restaurante "A Tafona", liderado por Lucía Freitas. O espaço junta técnicas modernas com ingredientes locais, tudo preparado com atenção ao detalhe. O menu varia consoante a estação, mas quase sempre inclui pratos com peixe fresco da costa galega.

Durante a tarde, visite o Mosteiro de San Martín Pinario, mesmo ao lado da Catedral. O edifício é monumental e menos conhecido dos turistas, o que permite uma visita mais tranquila. Se gostar de arte, pode seguir para o Centro Galego de Arte Contemporânea, perto da zona universitária.

À medida que a luz muda, suba ao Parque da Alameda para admirar o pôr do sol com a silhueta da catedral ao fundo. É um dos pontos favoritos dos habitantes locais, ideal para descansar e observar a cidade do alto.

No final do dia, o Hotel Parador de Santiago, instalado num antigo hospital de peregrinos é ideal para passar a noite. O edifício é imponente, com pátios interiores e quartos que mantêm traços da arquitetura original. Para jantar, o próprio restaurante do hotel é uma boa escolha, mas se quiser explorar mais, reserve mesa no Orixe, na zona da Quintana. É um restaurante contemporâneo, com pratos que reinventam sabores tradicionais.

Se preferir um alojamento mais em conta tem várias outras opções, igualmente boas de hotéis de três e quatro estrelas, mas também não fica nada mal instalado na Hospedería San Martín Pinario (quarto duplo desde 80€ /noite).

Dia 2 – Corunha

Corunha
Corunha créditos: Jose Luis Cernadas Iglesias | PxHere

No segundo dia do roteiro pela Galiza, sinta o vento salgado no rosto e observe o movimento das gaivotas junto às rochas, com uma caminhada pelo extenso passeio marítimo, que contorna boa parte da cidade e oferece vistas abertas sobre o mar.

Siga até à Torre de Hércules, farol romano ainda em funcionamento e símbolo da cidade. Pode subir ao topo para ter uma panorâmica impressionante da costa e, se tiver tempo, explore o Parque Escultórico ao redor, com peças integradas na paisagem que tornam o local ainda mais interessante.

Antes do almoço, visite o Aquarium Finisterrae situado junto ao mar. É pequeno, mas bem estruturado, com destaque para as espécies do Atlântico e uma zona onde se pode observar focas a nadar. É um espaço que agrada tanto a adultos como a crianças e oferece uma perspetiva diferente sobre a fauna local.

Para almoçar, a minha sugestão vai para o restaurante Casa Pardo, um clássico da cidade, especializado em marisco. O ambiente é acolhedor e discreto, ideal para uma refeição prolongada com sabor a mar. A sapateira recheada ou os percebes são opções bastante apreciadas por quem passa por ali.

Durante a tarde, dedique algum tempo à zona histórica e comercial da Corunha. Comece na Praça de María Pita, centro nevrálgico da cidade, dominada pelo edifício da câmara municipal. Aproveite para explorar as ruas à volta, como a Rua Real, cheias de lojas, cafés e esplanadas onde pode descansar.

Não perca o Museo de Belas Artes da Corunha, com uma coleção que inclui obras de artistas galegos e espanhóis. Em alternativa, dê um salto ao Domus – Casa do Homem, um espaço interativo dedicado à espécie humana, com exposições que provocam reflexão e curiosidade.

Ao fim do dia, sugiro hospedar-se no Hotel NH Collection A Coruña Finisterre (quarto duplo 180€ / noite). Localizado junto ao mar e próximo do centro, este hotel tem spa, piscina e um restaurante, mas se preferir jantar fora e quiser algo especial, experimente o restaurante Miga, um espaço moderno com pratos criativos e uma carta que valoriza ingredientes locais com um toque pessoal.

Dia 3 – Lugo

Lugo
Lugo créditos: Turismo da Galiza

No terceiro dia da viagem pela Galiza, comece por contornar a muralha romana que rodeia o centro histórico de Lugo. Pode caminhar pelos seus 2 km no topo, com vistas para a cidade e para os arredores. É uma das poucas muralhas romanas que se manteve completamente intacta.

Ao descer, entre na Catedral de Lugo, dedicada à Santa Maria. É menos imponente do que a de Santiago, mas tem um encanto sereno e uma capela do Santíssimo com um estilo barroco que merece atenção. A visita permite conhecer também a história religiosa da cidade, que se mantém viva ainda hoje com romarias e festas locais.

Depois, passeie pela Rua Nova e pelas ruas envolventes, onde a vida pulsa entre cafés, livrarias e pequenos comércios. É nesta zona que se encontra a alma boémia de Lugo, marcada por tapas e conversas demoradas. Para petiscar antes do almoço, entre num bar tradicional e peça uma cunca de vinho da Ribeira Sacra acompanhada por queijo de Arzúa.

Almoce no restaurante Campos, um dos mais reconhecidos da cidade, com uma carta que combina pratos clássicos galegos e sugestões sazonais. O polvo à feira e os cogumelos com ovos são muito procurados. O espaço é elegante sem ser pretensioso, o que torna a refeição ainda mais agradável.

Durante a tarde, visite o Museu Provincial de Lugo, situado num antigo convento. A sua coleção é variada, com peças arqueológicas, arte galega e exposições temporárias. Se preferir estar ao ar livre, caminhe até ao Parque Rosalía de Castro, onde pode descansar à sombra das árvores e observar o quotidiano da cidade.

A meio da tarde, explore o legado romano subterrâneo de Lugo. Em alguns pontos da cidade, como na Casa dos Mosaicos, pode ver ruínas e mosaicos preservados abaixo dos edifícios atuais. É uma viagem inesperada, mas memorável, ao passado.

Para terminar o dia, escolha um hotel como o Méndez Núñez (quarto duplo 75€ / noite) É bem localizado no centro, com quartos simples mas confortáveis. O restaurante do hotel é uma opção prática, mas se preferir jantar fora, experimente o Paprica, que mistura produtos locais com uma abordagem contemporânea, criando pratos originais num ambiente descontraído.

Dia 4 – Ourense

Ourense
Ourense créditos: Turismo da Galiza

Ourense oferece um contraste interessante com as cidades anteriores do roteiro. Aqui, a água é protagonista, não apenas pelo rio Minho que atravessa a cidade, mas sobretudo pelas termas naturais que lhe dão fama. 

Comece o dia cedo com um banho nas termas de Outariz, localizadas um pouco fora do centro. O acesso é fácil e há zonas gratuitas e outras pagas, com piscinas termais ao ar livre num ambiente sereno.

Depois do relaxamento matinal, regressa ao centro histórico. A cidade é mais compacta, com ruas estreitas e muitas praças onde a vida decorre com ritmo lento. A Praça Maior é um bom ponto de partida, ladeada por edifícios de vários estilos. Sente numa esplanada, beba um café e observe o quotidiano local.

Siga para a Catedral de Ourense, dedicada a São Martinho. O seu interior guarda um tesouro inesperado: o Pórtico do Paraíso, inspirado no Pórtico da Glória de Santiago, com esculturas coloridas e detalhadas. A visita à catedral é enriquecida por explicações sobre as etapas de construção e os elementos artísticos que marcam cada período.

Para o almoço, sugiro o restaurante Nova, um espaço acolhedor com cozinha criativa. Não é indicado  para quem viaja com um orçamento apertado, mas vale cada cêntimo se quiser provar o que de melhor oferece a cidade em termos gastronómicos. O menu de degustação permite provar várias combinações inesperadas, sempre com atenção à sazonalidade e à origem dos produtos. A carta de vinhos inclui sugestões galegas menos conhecidas, ideais para descobrir novas denominações.

Durante a tarde, visite o Claustro de San Francisco, transformado em museu. O espaço combina arquitetura gótica com exposições sobre a história da cidade e da região. Se quiser algo mais leve, caminhe até à Ponte Romana e explore a zona ribeirinha, onde há espaços verdes e trilhos pedonais para uma caminhada tranquila.

Ao entardecer, volte à zona das Burgas, onde estão localizadas outras fontes termais — algumas históricas e outras modernas. Pode ver a água a jorrar a altas temperaturas diretamente do solo, um fenómeno que ainda surpreende quem visita pela primeira vez. A iluminação ao fim do dia torna o ambiente ainda mais mágico.

Para se hospedar sugiro o Barceló Ourense, um hotel moderno com localização central e vista para o rio (quarto duplo 117€/noite). Para jantar, se quiser algo diferente do almoço, experimente o Restaurante "La Garza", conhecido por pratos tradicionais bem executados, como Carrillera (bochecha de vaca), com sabores que definem a cozinha da Galiza sem exageros nem floreados.

Dias 5, 6 e 7 – Pontevedra e arredores

Combarro
Combarro créditos: Gabriel González | PxHere

Pontevedra é uma cidade que surpreende pela forma como acolhe os visitantes. O quinto dia do roteiro começa com uma caminhada pelo seu centro histórico, inteiramente pedonal. As ruas de pedra e as praças floridas convidam à contemplação e ao passeio sem pressas. Passe pela Praça da Ferraria, ponto de encontro popular, onde cafés e esplanadas marcam o ritmo da manhã.

Pare na Igreja de Santa María a Maior, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. A fachada renascentista impressiona, mas o interior também merece atenção, com detalhes góticos e uma atmosfera tranquila. Depois, percorra as ruas da zona velha, repletas de varandas em ferro forjado e pequenos comércios que mantêm o carácter local.

Visite o Mercado de Abastos, onde pode ver (e provar) os produtos frescos da região. O ambiente é autêntico e, se quiser uma experiência mais gastronómica, alguns chefs locais preparam pratos no próprio mercado com os ingredientes disponíveis. É uma forma divertida e saborosa de contactar com a cozinha da Galiza.

Para almoçar, o restaurante Eirado da Leña é uma aposta segura. Situado numa pequena praça com o mesmo nome, oferece pratos com foco nos produtos locais. O chef Iñaki Bretal propõe menus que variam conforme a estação, mas onde o peixe e os legumes da região têm papel de destaque.

Durante a tarde, visite o Museu de Pontevedra, um conjunto de edifícios que alberga coleções de arqueologia, arte galega, pintura e escultura. É um espaço bem organizado, ideal para compreender melhor a história e a identidade da cidade. Se preferir um passeio ao ar livre, siga até às margens do rio Lérez e atravesse a Ponte do Burgo, uma estrutura histórica que liga diferentes zonas da cidade.

Suba ao miradouro da Caeira. A vista panorâmica sobre Pontevedra vale a pena e a zona envolvente é perfeita para um passeio mais calmo entre árvores e esculturas ao ar livre.

No final do dia, pode hospedar-se no Parador de Pontevedra (quarto duplo 276€/noite). O edifício, um antigo palácio renascentista, tem salas com mobília clássica, azulejos antigos e jardins tranquilos. Para jantar, o restaurante do Parador é uma boa opção, mas o restaurante Loaira, na Praça da Leña, também merece uma paragem. Combina tradição com inovação num ambiente intimista.

Se preferir um alojamento mais económico, sugiro o Hotel Rias Bajas (quarto duplo 152€/noite).

Guarde os dias 6 e 7 para conhecer outras localidades próximas do centro de Pontevedra. Uma delas é Combarro, uma vila costeira encantadora com cruzeiros de pedra à beira-mar e ruas estreitas, às margens da ria de Pontevedra, alinhadas com hórreos centenários (espigueiros típicos da região).

Quem preferir natureza e trilhas de caminhada, Ponte Caldelas oferece paisagens ribeirinhas e uma praia fluvial — A Calzada, perfeita para relaxar.

Em Campo Lameiro, pode explorar a arte rupestre no Parque Arqueológico, onde estão algumas das gravuras pré-históricas mais importantes da Galiza.

Marín tem praias agradáveis como Portocelo e Mogor, além de espaços verdes como o Parque dos Sentidos. Já em Cerdedo-Cotobade, vale a pena visitar as ruínas termais de San Xusto e passear pelos bosques tranquilos. Por fim, Vilaboa oferece as Salinas de Ulló, um cenário sereno para observação de aves e fotografia.

A estação de autocarros e a estação ferroviária de Pontevedra estão integradas, o que ajuda a transição entre diferentes meios de transporte e facilita as deslocações para quem não tem carro.

A rede de transportes públicos inclui autocarros interurbanos que ligam o centro da cidade a localidades como Combarro, Marín, Campo Lameiro e outras.

Dias 8, 9 e 10 – Vigo e Ilhas Cíes

Ilhas Cíes
Ilhas Cíes créditos: urismo Galicia - https://www.turismo.gal/que-visitar/destacados/parque-nacional-das-illas-atlanticas-de-galicia?langId=pt_PT

No oitavo dia do roteiro explore Vigo.

Comece por visitar o Monte do Castro, que tem uma das melhores vistas da cidade e da Ria de Vigo. Além do miradouro, há vestígios arqueológicos castrejos e zonas ajardinadas que convidam a parar. É um lugar ideal para começar o dia.

Desça para o centro e percorra a zona do Casco Vello, o coração antigo de Vigo. As ruas estreitas e inclinadas têm um charme muito próprio, com lojas, cafés e tabernas onde se sente o espírito galego sem filtros. Entre numa loja de conservas — produto estrela da região — e aproveite para levar os sabores locais consigo.

Visite o Mercado da Pedra e as ruas envolventes, onde tradicionalmente se vendem ostras frescas. A zona evoluiu, com lojas modernas e espaços renovados, mas ainda se sente o ambiente portuário, misturado com o burburinho comercial da cidade. Se gosta de arte urbana, encontrará murais interessantes espalhados pelas fachadas.

Almoçe no restaurante Maruja Limón, conhecido pela sua estrela Michelin. A cozinha assenta em produtos frescos da região, com pratos que surpreendem sem pretensões. O menu muda frequentemente, mas o peixe e os vegetais da horta local são sempre protagonistas.

Durante a tarde, visite o Museu do Mar da Galiza. Além das exposições sobre pesca, navegação e biologia marinha, o edifício tem uma relação harmoniosa com a paisagem costeira. Se o tempo estiver bom, aproveite para caminhar pela praia que fica próxima ou simplesmente pare um pouco para apreciar o movimento das embarcações ao longe.

Central e elegante, o Gran Hotel Nagari Boutique & Spa (quarto duplo 185€ /noite), é uma excelente opção de acomodação na cidade. Para jantar, se quiser um ambiente mais descontraído, experimente o restaurante Follas Novas.

A partir de Vigo, visitar as Ilhas Cíes é uma experiência acessível e memorável, especialmente durante a primavera e o verão. Assim guarde o nono dia para conhecer as três ilhas situadas na entrada da Ria de Vigo que fazem parte do Parque Nacional Marítimo Terrestre das Ilhas Atlânticas.

Chegar lá é fácil. O visitante pode embarcar num dos ferries que partem diariamente do porto da cidade, numa travessia que dura  cerca de 40 minutos até ao arquipélago. Como as ilhas fazem parte de um parque nacional protegido, é necessário obter uma autorização (gratuita) da Xunta de Galicia antes de comprar o bilhete de barco, o que pode ser feito online com antecedência. Uma vez lá, o visitante pode explorar trilhos panorâmicos, como o do Alto do Príncipe ou o do Monte Faro, relaxar na famosa Praia de Rodas e observar a rica biodiversidade local. É importante levar calçado confortável, água e comida, já que os serviços nas ilhas são limitados e o acesso é exclusivamente pedestre.

No último dia em Vigo siga para a zona de Samil, onde se encontra a praia mais famosa da cidade. Mesmo que não seja tempo de mergulhar, vale a pena passear pelo passadiço e observar os ilhéus da costa. Ao entardecer, a luz sobre a Ria transforma o cenário num verdadeiro cartão-postal. É o lugar perfeito para terminar a sua viagem pela Galiza!

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