Alberta é a única província do Canadá - e a maior área habitada do planeta - onde não há ratos. A história por trás é curiosa. Só na década de 1950 é que esta região começou a debater-se com o aparecimento em massa de ratos (que atravessavam a fronteira entre Alberta e Saskatchewan), mas o governo fez-lhe frente.

A Lei das Pragas Agrícolas de Alberta, de 1942, autorizava o Ministro da Agricultura a designar como "praga" qualquer animal suscetível de destruir culturas ou gado e todas as pessoas e municípios tinham de eliminar os animais. Ora, em 1950, os ratos foram considerados pragas e começou o plano de extermínio.

Em 1951, foram realizadas conferências sobre o controlo de ratos no leste de Alberta e o assunto foi levado a sério. 2.000 cartazes e 1.500 panfletos intitulados "Controlo de Ratos em Alberta" foram distribuídos por todo o lado, em elevadores, estações ferroviárias, escolas, correios e moradias. Entre junho de 1952 e julho de 1953, foi distribuído veneno por 8.000 edifícios em 2.700 quintas.

O número de infestações de ratos na zona fronteiriça aumentou rapidamente de uma, em 1950, para 573, em 1955. No entanto, após 1959, diminuiu drasticamente.

Todas as instalações são inspecionadas anualmente. As infestações de ratos são eliminadas por isco, gás, ou armadilhas. Na altura, usavam-se espingardas, incendiários e explosivos.

Os ratos brancos só podem ser mantidos por zoológicos, universidades, colégios, e instituições de investigação reconhecidas em Alberta. Os cidadãos privados não podem manter ratos brancos, ratos de capuz, ou qualquer das linhagens de ratos noruegueses domesticados. A posse de um rato de estimação pode levar a uma multa de até 5000 dólares. Definitivamente, Alberta não quer ratos no seu território.