Estamos no coração financeiro de Nova Iorque, no início de uma manhã de sol de janeiro. O céu azul, sem nuvens, dá um brilho especial aos arranha-céus que compõem Lower Manhattan.

Mas há um edifício que brilha mais e se destaca no “skyline” da cidade que nunca dorme. Do alto dos seus 541 metros e 102 andares, o substituto das Torres Gémeas, destruídas nos atentados de 11 de setembro, tornou-se num dos símbolos da metrópole.

Encarar o edifício espelhado de baixo é esmagador e quase que nos esquecemos do local onde estamos, mas, antes de lá chegarmos, temos de parar diante das duas fontes negras que prestam homenagem às 2.983 vítimas mortais do ataque de 2001, que tiveram ali os seus nomes gravados.

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Há vazios que não se preenchem e lugares que não se esquecem. O Memorial 9/11 é um destes locais. Encontramos o silêncio enquanto observamos este sítio de tristeza no centro financeiro de Nova Iorque.

Seguimos para o Observatório do One World Trade Center e em 47 segundos chegamos ao topo do edifício mais alto da cidade. A vista é arrebatadora e perdemos longos minutos a apreciar a partir das grandes janelas.

Sentamos a ouvir uma breve sessão onde um guia explica mais sobre o edifício, sobre a sua construção e sobre os pontos de referência que podemos ver lá do alto.

Estamos, outra vez, ao nível do solo, mas preparamo-nos para descer ao subsolo, a 21 metros, para entrar no Museu e Memorial Nacional do 11 de Setembro.

No espaço é recriado em detalhe o dia do atentado. Estão lá um camião dos bombeiros destruído durante a queda de uma das torres, peças de metal dos edifícios e gravações de sobreviventes e socorristas.

É impossível não sair de lá com um nó na garganta por toda a tragédia que se viveu naquele dia. Mas seguimos. Nova Iorque ainda nos esperava com muitas outras histórias para contar.

E se sentimos tristeza ao percorrer os espaços que remetem para os atentados de 11 de setembro, é inegável que Nova Iorque mostra-se resiliente e segura a todos que a visitam.