A história de Chefchaouen remonta ao século XV, tendo sido fundada como uma cidade fortaleza. Durante séculos permaneceu relativamente isolada, o que contribuiu para a preservação do seu caráter tradicional. Foi apenas no início do século XX que a cidade começou a abrir-se ao exterior.

Ninguém sabe ao certo o motivo pelo qual quase todas as casas em Chefchaouen são pintadas de azul. Há quem diga que as paredes azuis relembram as cores vibrantes do Mar Mediterrâneo. Outros acreditam que essa cor representa o céu e a espiritualidade. Há ainda uma teoria mais pragmática que defende que o azul afasta os mosquitos e mantém as casas mais frescas nos meses de verão. Independentemente da verdadeira razão, é inegável que a sua cor distinta lhe dá um charme incomparável.

À descoberta de Chefchaouen

Chefchaouen deslumbra com as suas ruas labirínticas, com as fachadas das casas em vibrantes tons de azul e uma atmosfera que alia tradição e tranquilidade. Caminhar por Chefchaouen é como entrar numa tela viva, onde cada esquina revela detalhes fascinantes. Comecem o dia a explorar as ruelas coloridas da medina e aproveitem para visitar as lojas de artesanato, onde encontrarão produtos tradicionais, desde cerâmica a artesanato, joalharia, malas em pele, cestos em palha, caftans ou tapeçaria.

Não deixem de passar pela Praça Uta el-Hammam, no coração da cidade, onde podem relaxar num café com vista para a Kasbah, uma antiga fortaleza do século XV que abriga atualmente um jardim interior e um museu. Sigam para a Grande Mesquita, que se destaca pelo seu minarete octogonal.

Depois de um almoço típico num dos muitos restaurantes que servem especialidades locais, façam uma caminhada até Ras El Maa, uma nascente refrescante nos arredores da Medina. Por fim, apreciem o pôr do sol na Mesquita Espanhola, construída na década de 1920 e localizada numa colina com uma vista deslumbrante sobre Chefchaouen e as montanhas do Riff.

Como chegar a Chefchaouen

Chefchaouen está localizada a cerca de duas horas de carro de Tânger, para onde há voos diretos de Lisboa e do Porto, pelo que é uma boa ideia combinar a visita a ambas as cidades. Em alternativa é possível também viajar de carro de Portugal até Marrocos, apanhando um ferry dos portos de Algeciras ou Tarifa em Espanha com destino a Tânger.

O trajeto de Tânger até Chefchaouen é bastante cénico, pelo que recomendo fazer paragens em vários pontos panorâmicos para vistas incríveis das montanhas do Riff. Poderão ainda visitar no caminho Tétouan, uma cidade também muito bonita conhecida como a “Pomba Branca de Marrocos”.

Seja para explorar os souks ricos em artesanato, provar a gastronomia local ou simplesmente perder-se na beleza azul inconfundível de uma cidade única, Chefchaouen promete uma experiência inesquecível.

Para mais inspiração sobre viagens podem consultar o blog da Ana, the Travel in Pink ou a sua página de Instagram.