Imagem: Schmilka @Florian Trykowski

1. Cidades onde é bom viver

É este o slogan do movimento Cittaslow, uma iniciativa que se espalhou pelo mundo. Atualmente integra mais de 20 destinos na Alemanha (Portugal também está representado, com quatro) onde se vive em sintonia com as estações do ano, se preservam as tradições e a natureza, se promove o desenvolvimento e o turismo sustentáveis. A pouco mais de uma hora de Frankfurt, a pequenina e pitoresca Deidesheim é um dos membros da rede e merece mesmo uma visita. Além disso conta com outro importante atrativo: faz parte da Rota do Vinho Alemão e até tem um museu dedicado à cultura do vinho.

Deidesheim
Deidesheim créditos: Tourist Service GmbH Deidesheim

2. Uma aldeia totalmente “bio”

A sustentabilidade é o princípio orientador de mais de 3.000 alojamentos e restaurantes alemães certificados. É o caso da Schmilka, uma aldeia totalmente biológica situada junto ao Parque Nacional da Suíça Saxónica, a cerca de 50 minutos de Dresden. Pequenas casas em enxaimel, com hospedarias rústicas, abrem caminho pela montanha até ao moinho de 1665 onde continua a ser moída a farinha, a comida é orgânica e a cerveja feita artesanalmente. Eleita, em 2017, a “Aldeia Mais Bonita da Saxónia”, é o destino ideal para quem gosta de caminhadas (há quilómetros de percursos), andar de bicicleta (a Rota do Elba já foi considerada uma das mais belas da Europa) ou remar, neste caso no rio Elba.

Schmilka
Schmilka créditos: Florian Trykowski

3. Às compras em Hamburgo

Há muito que Hamburgo é uma cidade verde, com alojamentos eco-friendly, uma excelente rede de ciclovias, projetos que transformam telhados de parques de estacionamento em hortas com vista panorâmica… Não faltam lojas que vendem vestuário de algodão orgânico, produtos de comércio justo, peças decorativas feitas de materiais reciclados. Para descobrir toda esta oferta há até um Hamburg Card Green que permite viajar gratuitamente nos transportes públicos e dá direito a descontos. Quem se interessa por moda pode ainda optar pelos serviços especializados da Green Fashion Tours, também presente em Berlim e Munique.

Hamburgo
Hamburgo créditos: Francesco Carovillano

4. A casa do clima em Bremerhaven

Visitar a Klimahaus é uma autêntica viagem dentro da viagem até Bremerhaven, a meia hora de Bremen, onde o rio Weser se junta ao Mar do Norte. Trata-se de um misto de centro de ciência e parque temático e permite conhecer o clima, as alterações que tem sofrido e respetivas consequências em nove destinos dos cinco continentes. E o melhor é que, além de se aprender muito sobre o tema, sente-se mesmo a temperatura, do calor do Níger ao frio gélido da Antártida – e portanto é conveniente levar vestuário adequado. As ilhas Halligen alemãs, onde o nível do mar não para de subir, a Sardenha, poiso dos flamingos que há anos voavam até África, ou o mundo marinho de Samoa são outras etapas da “expedição”.

Bremerhaven
Klimahaus, Bremerhaven créditos: Francesco Carovillano

5. Celle: antiga, moderna e certificada

Pela aposta na proteção do vasto património e do ambiente, na preservação do artesanato tradicional e do comércio local, entre outros motivos, Celle é um destino sustentável certificado desde 2017. Situada a meia hora do aeroporto de Hanôver, distingue-se pelo Palácio Ducal e o seu teatro barroco, o mais antigo da Europa ainda em funcionamento; pelos vários exemplares da arquitetura modernista Bauhaus; e pelos quase 500 edifícios em enxaimel, que constituem um dos maiores conjuntos do género em todo o mundo, tão bem conservado que quase parece cenário de um filme. Cheia de charme e personalidade, é certamente um destino a descobrir numa próxima viagem.

Celle
Celle créditos: Khai-Nhon Behre

6. Juist, uma ilha maravilha

Poluição automóvel é coisa que não existe nesta ilha entre o Mar Frísio e o selvagem Mar do Norte, conhecida por Töwerland, que no dialeto local significa “país das maravilhas”: os carros ficam estacionados no continente, aqui só há carroças puxadas por cavalos e bicicletas! Com uma extensão de 17 quilómetros de praias e apenas 500 metros de largura, é um destino sustentável certificado e especialmente indicado para quem queira cuidar do corpo e da mente. Opções não faltam, desde sessões de ioga a tratamentos ayurvédicos a talassoterapia. A forma mais prática de lá chegar é voar até Bremen.

Juist
Juist créditos: Kurverwaltung Juist

7. À descoberta da “Amazónia do Norte”

A paisagem praticamente intocada do vale do Peene, no nordeste da Alemanha, é tão especial que passou a ser conhecida como “Amazónia do Norte”. As características do rio, nomeadamente o declive de apenas 24 centímetros ao longo de todo o percurso de 85 quilómetros, criam condições particulares que o tornaram lar de uma sugestiva vegetação e de espécies como o adorável castor. A melhor forma de a conhecer é a partir da água, claro, em barcos movidos a energia solar, silenciosos e amigos do ambiente – não admira que esta área tenha conquistado, há já 11 anos, o prémio de sustentabilidade EDEN, European Destinations of Excellence.

Vale do Peene
Vale do Peene créditos: Sebastian Hugo Witzel

8. Comboio e estações eco-friendly

Usada nos comboios de longa distância da Deutsche Bahn, a energia renovável também alimenta totalmente, desde 2019, as 15 maiores estações do país, nomeadamente Berlim, Hamburgo, Frankfurt, Munique, Colónia e Nuremberga – cidade que acolhe o Museu DB, para quem queira conhecer a interessante história da empresa. Ao todo, estas estações recebem mais de quatro milhões de passageiros e visitantes todos os dias. Igualmente amigo do ambiente é o serviço DB Call a Bike: disponibiliza 16.000 bicicletas em 70 destinos por preços muito acessíveis.

Museu DB
Museu DB créditos: Francesco Carovillano

Fonte: Turismo da Alemanha