Durante a II Guerra Mundial, o Império Japonês, que tinha já ocupado a Birmânia, ordenou a construção de 415 km de ferrovia entre a Tailândia e o atual Myanmar para enviar forças militares e mantimentos para esta ex-colónia inglesa. Esta solução veio substituir a via marítima anteriormente utilizada, suscetível a ataques por parte das forças Aliadas.

Death Railway
Death Railway créditos: Mais pra Lá

Tal construção só foi possível com o suor de cerca de 180.000 trabalhadores asiáticos e 100.000 prisioneiros de guerra das forças Aliadas. No entanto, as jornadas intermináveis e o trabalho pesado e perigoso resultaram em numerosas vítimas, dando origem ao nome pelo qual é conhecida – Death Railway (ferrovia da morte).

Atenção: esta ponte não é perigosa de atravessar. O seu nome surge em memória dos milhares que morreram na sua construção.

Ponte do Rio Kwai
Ponte do Rio Kwai créditos: Mais pra Lá

Muitos visitantes seguem desde Banguecoque para Kanchanaburi de autocarro, onde podem ver o comboio passar na famosa ponte do Rio Kwai (parte emblemática desta linha). Rapidamente percebemos que não havia motivo para ir de autocarro quando podíamos experienciar uma viagem de comboio por uma linha histórica que nos levaria ao mesmo destino.

Como chegar a Kanchanaburi (de comboio, claro!)

Existem apenas dois comboios por dia, a sair de Banguecoque a partir da estação de Thonburi, que seguem em direção a Kanchanaburi, passando depois pela Ponte do Rio Kwai e seguindo pelas sénicas paisagens que se encontram ao longo do Rio Kwai e do viaduto Wang Po até Nam Tok, que é a última estação.

Viaduto Wang Po
Viaduto Wang Po créditos: Mais pra Lá

Esses dois comboios partem às 07h50 e às 13h55 da estação de Thonburi em Banguecoque e o que nós recomendamos, caso pretendam ir para Kanchanaburi como nós, é apanhar o da manhã. Assim, conseguirão fazer toda a linha até à última estação em Nam Tok (chegando ao final da manhã) e ainda apanhar o último comboio que faz a direção contrária pelas 15h30 que vos deixará na estação de Kanchanaburi, onde podem passar um ou dois dias.

Esta travessia é frequentemente utilizada por locais nas suas deslocações diárias mas suscita também o interesse dos viajantes mais curiosos. Durante todo o percurso fomos atravessando paisagens incríveis que marcaram os nossos primeiros dias na Tailândia e não podíamos deixar de partilhar isto convosco.

Vistas de natureza ao longo da Death Railway
Vistas de natureza ao longo da Death Railway créditos: Mais pra Lá

Uma curiosidade sobre rios

Há um pequenino problema com a Ponte do Rio Kwai. Pierre Boulle, o escritor do livro que deu origem ao clássico do cinema “A Ponte do Rio Kwai”, nunca lá tinha estado mas sabia que a Death Railway corria em paralelo com o Rio Kwai e assumiu que a ponte atravessava o mesmo rio.

O problema é que o rio que a ponte atravessa é, na realidade, o Rio Mae Klong. Este rio acaba por ser renomeado em 1960 como Kwae Yai, depois de muitos turistas, que após verem o filme se dirigiam a esta zona para ver a ponte sobre o Rio Kwai e não a encontravam.

Se quiseres saber mais sobre a nossa passagem pela Tailândia podes encontrar as nossas histórias aqui e não deixes de seguir as nossas aventuras no Facebook ou Instagram.

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