Foto: Museu do Futuro|Divulgação

Quem hoje passa pela avenida Sheikh Zayed Road, outrora conhecida como Trade Centre Road, não fica indiferente ao incrível edifício do Museu do Futuro. É um olho para o futuro, uma obra disruptiva que nos procura aproximar de novo à terra depois do sonho humano ter criado arranha-céus.

O edifício parece saído de outro planeta. De forma elítica, é suportado por uma estrutura de aço e não tem colunas internas. E não foi construído deste modo apenas por vaidade ou para causar impacto: a sua forma circular representa a humanidade e o monte verde em que assenta, a Terra. A parte do meio, vazia, representa o futuro que será sempre desconhecido.

Saiba mais sobre o Museu do Futuro na fotogaleria:

De partida para 2071

Mal entramos no Futuro, percebemos que a experiência será épica. Deparamo-nos, logo à entrada, com um espaço amplo em tons claros (branco e prateado). Vemos escadas em espiral e reparamos no formato cápsula do elevador. De repente, um objeto voador. O que será? Parece-nos um pinguim prateado a voar.

Museu do Futuro
Lobby do Museu do Futuro créditos: Ana Oliveira

É então que partimos para a aventura: uma viagem até 2071. Quem nos recebe, a partir de um monitor, é aquela que será a nossa guia ao longo da experiência, a Aya, produto da inteligência artificial e residente digital do museu.

Depois de uma breve contextualização feita por Aya, seguimos para uma nave que nos leva até uma estação espacial que fica a 600 quilómetros da Terra, a estação OSS Hope.

Parece que entramos num filme de ficção científica. Ao longo da viagem até à Hope, vemos a paisagem mudar. Nesta experiência, não recebemos apenas informação, envolvemo-nos e interagimos com o que está à nossa volta. A ideia é sentirmo-nos mesmo neste 2071.

A partir da estação espacial, vemos a Terra e acompanhamos as alterações climáticas. Fomos resgatados e aqui há esperança.

No cenário proposto pelo museu, a Hope é responsável pelo Sol Project que produz energia para a Terra. Para ser mais realista, há um monumento em homenagem a todos aqueles que perderam a vida em prol da humanidade.

A Terra em 2071

Depois de um cenário meio devastador, ainda que com uma luz de esperança trazida do espaço, voltamos à Terra e entramos no The Heal Institute onde se trabalha para reparar os ecossistemas naturais como a Amazónia com recurso à inteligência artificial e à biotecnologia.

Depois de assistirmos a um vídeo que nos mostra a natureza devastada, chegamos à tão aguardada parte da exposição: o cofre de DNA do Heal que supostamente armazena, em pequenos cilindros de vidro, o DNA de 1200 espécies de animais e de 1200 espécies de árvores. Organizados por colunas, os cilindros iluminam o espaço escuro.

The Heal Institute
créditos: Museu do Futuro|Divulgação

No The Laboratory, fazem-se experiências e testam-se novas espécies como uma árvore resistente ao fogo. Na ótica do Museu, no futuro, misturar-se-á DNA de animais e plantas existentes com o de extintos.

De secção em secção, vamos percebendo como, no futuro, poder-se-á “salvar o mundo” graças à tecnologia.

Ao seguirmos pela viagem, vão nos sendo dadas soluções para os problemas ambientais que se poderão agravar nas próximas décadas. Para que não saiamos com a sensação de que se trata de uma teoria utópica, é-nos demonstrada de que forma em cada etapa.

the heal institute
Frasco de vidro com DNA de uma espécie de ave. créditos: Ana Oliveira

Assim, a seguir ao The Laboratory, conhecemos o Observatório que é o lugar onde se avaliam e supervisionam as novas espécies.

Alguma dúvida ou curiosidade? Podemos perguntar aos assistentes do Museu que assumem também um papel ativo na experiência – não nos orientam ou debitam apenas informação, respondem como membros daquela missão de 2071 e não se descaem.

Observatório do Museu do Futuro
Observatório do Museu do Futuro créditos: Ana Oliveira

Com alívio e esperança de que a natureza brotará de novo, seguimos para o Al Waha (oásis em portugês), que é um espaco dedicado ao bem-estar e que nos convida a desligar da tecnologia, a reconectar com o nosso Eu interior e a escutar os nossos sentidos.

Al Waha
Al Waha Ana Oliveira

Depois de uma experiência mais relaxante, chegamos ao Tomorrow Today onde vemos vários projetos que procuram dar resposta a questões dos nossos dias.

Encontramos uma secção que se debruça sobre o futuro da mobilidade e, mais à frente, algo que já não é assim tão estranho: um chip implantado debaixo da pele para pagamentos contactless.

Também há tempo para diversão e testarmos tecnologia: um scan para o rosto que nos diz como somos com base na nossa expressão. Simpáticos? Resmungões? Preparem-se para soltar umas gargalhadas.

Tomorrow Today
Tomorrow Today Ana Oliveira

Um espaço para se pensar o futuro (e não para se fazerem previsões)

Ao contrário da maioria dos museus que nos levam a viajar ao passado, neste “museu-vivo” viajamos até um tempo que ainda não existiu e que poderá vir a ser completamente diferente deste que o Museu do Futuro nos apresenta.

Museu do Futuro

Bilhetes a partir dos 38 euros.
Menores de três anos não pagam.

Visite o site do museu aqui.

Ainda assim, é uma experiência que vale a pena e talvez uma das simulações de futuro mais realistas que nós, comuns mortais, podemos ter.

Por outro lado, saber que existe um espaço para diferentes áreas do saber pensarem o futuro, conforta-nos um bocado e dá esperança, especialmente por também tomarmos contacto com a tecnologia que, neste sentido, deixa de ser “coisa da ficção”.

Um lugar inspirador a não perder se visitar o Dubai.

 *O SAPO Viagens viajou a convite do Turismo do Dubai

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