
A esperança de vida ao nascer é um dos indicadores mais relevantes quando se avalia a qualidade de vida de um país. Medido pelo Banco Mundial, este dado revela quantos anos, em média, uma pessoa pode esperar viver se as condições de mortalidade se mantiverem estáveis ao longo da vida.
No ranking mundial, atualizado recentemente com dados de 2023, os territórios mais pequenos e desenvolvidos continuam a dominar as primeiras posições. A presença recorrente de países europeus e asiáticos nas primeiras posições deve-se, em grande parte, à combinação de bons sistemas de saúde, hábitos alimentares equilibrados, estabilidade social e acesso generalizado à educação e cuidados médicos.
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Portugal não entra neste top 15, mas apresenta uma esperança de vida de 82 anos, o que lhe garante um lugar (31.º) destacado a nível europeu e mundial, à frente de países como os Estados Unidos (78 anos) e muito próximo de nações como França, Bélgica ou Irlanda.
Os avanços na medicina, os programas de vacinação, o aumento da literacia em saúde e o investimento em infraestruturas hospitalares são alguns dos fatores que explicam a melhoria gradual da longevidade em Portugal ao longo das últimas décadas.
Longevidade desigual: os países onde se vive menos
Se no topo da tabela encontramos países onde a qualidade de vida é elevada, no extremo oposto estão nações que enfrentam grandes desafios humanitários. De acordo com os mesmos dados, os cinco países com menor esperança de vida são:
Chade – 54 anos
Nigéria – 54 anos
Lesoto – 54 anos
República Centro-Africana – 54 anos
Somália – 55 anos
Conflitos armados, pobreza extrema, elevada taxa de mortalidade infantil, dificuldades no acesso a cuidados médicos e doenças endémicas continuam a condicionar de forma severa a longevidade nestas regiões.
A disparidade entre os extremos do ranking é, em muitos casos, um espelho das desigualdades globais. Enquanto alguns países consolidam sistemas de bem-estar e saúde pública robustos, outros continuam a lutar contra desafios estruturais que encurtam drasticamente a vida das suas populações.
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