Dos sabores à cultura, sem esquecer o bem-estar e a natureza: o que ver e fazer na Serra da Estrela

Este artigo tem mais de 2 anos
Terra de bons vinhos, queijo e paisagens inspiradoras, há mais para descobrir na Serra da Estrela: estâncias termais, cultura e património. Inspire-se nestas sugestões.
Dos sabores à cultura, sem esquecer o bem-estar e a natureza: o que ver e fazer na Serra da Estrela
Imagem: Unsplash Unsplash

Reportagem de Rosa Margarida (Texto) e Paulo Soares (Fotos)

Os Sabores

Os sabores tradicionais são a sua perdição? Que melhor território para perder-se. Terra de bons vinhos e queijo DOP, de azeite certificado e de pão quente, de ginja e doces de cereja, de bolo negro e pudim de castanhas, entre tantas outras iguarias. A gula é uma palavra proibida.

Há rotas para todos os palatos: da rota dos licores à rota dos queijos, passando pela rota dos vinhos. As aldeias da montanha, as vilas e cidades serranas e os restaurantes da região sabem receber bem. A qualidade dos seus produtos, fruto do labor e savoir-faire, passa de geração em geração, aprimorando-se, reinventando-se e fazendo (sempre) as delícias dos visitantes.

Sabores Serra da Estrela
créditos: Canela & Hortelã

A Natureza

Depois de fartos repastos, “queimar” calorias é a palavra de ordem. As paisagens da Serra, inspiradoras, convidam a atividades pela natureza, com uma beleza e diversidade ímpares.

Sempre com foco na sustentabilidade e preservação da beleza natural, são muitas as opções possíveis: uma escalada matinal, um passeio a cavalo, uma caminhada pelos trilhos, um passeio nas praias fluviais e lagoas ou parar. Parar, de verdade, e deixar o encanto da serra falar mais alto.

Uma paisagem a perder de vista, um ar fresco e puro, um território sublime e um corpo (e alma) revigorado.

Paisagem Serra da Estrela
créditos: Canela & Hortelã

Saúde & Bem-Estar

E, por falar em corpo, nada como cuidá-lo e mimá-lo. As estâncias termais da Serra são passagem – e paragem – mandatórias. Da estância termal de Longroiva ao Spa das termas de S. Miguel, das massagens nas estâncias termais da vila de Manteigas às Termas do Cró – opções vastas e variadas, para se recentrar, relaxar e revigorar.

Nas Termas do Cró, Rapoula do Côa, Sabugal, as águas medicinais são indicadas para doenças do foro respiratório, patologias dermatológicas e doenças reumáticas.

O Cró Termas e Spa oferece vários tratamentos de bem-estar, como hidromassagem, sauna ou banho turco. As massagens, com canas de bambu, com velas ou com pedras quentes são também opções. Basta deitar e desfrutar!

O tratamento fica completo com os cuidados de rosto e corpo disponibilizados e um Cró Ludic, na piscina lúdica.

A fazer jus ao slogan “mais do que um spa termal, um wellness center, uma experiência”, as Termas do Cró presenteiam os seus visitantes com experiências de saúde e bem-estar inolvidáveis.

Estancia termal Serra da Estrela
créditos: Paulo Soares| Canela & Hortelã

Depois de revigorar corpo e mente, pode instalar-se no hotel contíguo, o Cró Hotel Rural, para um merecido descanso.

A área circundante, para agradáveis passeios a pé ou de BTT, oferece uma viagem ao passado, entre as ruínas das antigas termas e a beleza natural.

A Cultura

De corpo revigorado e “alma lavada”, eis que chegou o momento de alimentar a curiosidade, mergulhar no conhecimento e descobrir a cultura e o património de um território tão rico.

Museu tecelagem Serra da Estrela
créditos: Canela & Hortelã

Dos castelos às praças históricas, das muralhas às casas de xisto, dos solares às igrejas, das sés aos museus – que nada nos falte! Talvez só tempo – um pouco mais de tempo, para descobrir cada recanto da Serra.

Sem desprimor por todos os fascinantes espaços culturais e históricos, recomenda-se uma visita ao Museu de Tecelagem de Meios, Guarda.

Numa antiga fábrica de tecelagem será possível voltar às origens, onde o genuíno cobertor de papa é estrela, a par dos teares (ainda em funcionamento) centenários de madeira de castanheiro, adquiridos em 1954, em terceira mão.

O Museu acolhe os visitantes com uma mostra – e montra – do seu produto único: a manta de papa pastor, a manta de papa lobeira ou barrenta e a manta de papa branca, cada uma com destino diferente, das camas às pastagens serrana, do agasalho do lar aos percursos da Transumância.

No primeiro andar, os centenários teares, a urdideira, a caneleira, as lançadeiras nas hábeis mãos do tecelão. Um trabalho inimaginável e encantatório, um testemunho sem mãos nas novas gerações, uma corrida contra o tempo para transmitir este maravilhoso ofício.

Meseu tecelagem
créditos: Paulo Soares| Canela & Hortelã

*O C&H viajou a convite da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela

Artigo originalmente publicado no site Canela & Hortelã

Pergunta do Dia

Mais informações
Participou nesta votação.

Veja também

 

Comentários

Entre com a sua conta do Facebook ou registe-se para ver e comentar