
É um dos lugares mais fascinantes da ilha de S. Jorge, nos Açores, e é a concretização de um sonho, tomar banho num lugar paradisíaco. Embora, a água seja para o frio...
A piscina natural tem a forma de um ‘U’ invertido.

No entanto, a grande maioria dos visitantes só se apercebe da parte mais extensa. A outra área fica escondida pelas rochas. Forma uma língua de terra entre o mar e a piscina.

Água límpida, com nitidez observam-se os corpos a nadar, as pedras, os vestígios da vida marinha e um ‘rebordo’ amarelo vivo que marca o nível da água no escuro das paredes de basalto.
Na área mais concorrida, o acesso à água é por uma escada metálica. Entra-se devagar porque a água é fria.

Um dos motivos porque a Poça de Simão Dias é deslumbrante tem a ver com o enquadramento natural.
Fica ‘esmagada’ entre o mar e uma falésia, muito alta, de colunas verticais de basalto.

O negro da pedra forma um contraste profundo com o azul da água; estático versus movimento, a opacidade opõe ao fio de luz em águas cristalinas; a monumentalidade e a beleza. Formam um conjunto fascinante e que está classificado como Monumento de Interesse Municipal.

Em comparação com a minha visita em 2017, há sinais bem evidentes de algumas alterações que têm a ver com o incremento do turismo.

Por um lado, o acesso agora é muito mais fácil, com a instalação de estruturas de apoio ao longo do sinuoso caminho entre as rochas.

Por outro lado, porque consta nos muito roteiros turísticos como ‘ponto de passagem obrigatório’, passou a ter um número assinalável de visitantes. Há momentos onde é difícil ouvir e sentir o rugir do mar no silêncio da natureza.

Chegam grupos de turistas. Acomodam-se entre as rochas e, na verdade, até é divertido, quando se dirigem para a água, descalços, ‘dançam’ de uma forma estranha porque é incómodo o contacto com a dureza e a saliência das rochas.

A Poça de Simão Dias fica na Fajã do Ouvidor, na costa Norte da ilha de São Jorge.
Há restaurantes e cafés e um trilho que vale a pena descobrir entre mais piscinas naturais e falésias de cortar a respiração.
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